Acadêmicos da UFMS caem em golpe de empresa de formaturas e perdem mais de R$ 500 mil
Uma empresa especializada em festas de formatura aplicou um golpe milionário contra estudantes do curso de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande.
De acordo com a denúncia, 46 formandos estavam pagando mensalmente pela organização da festa, mas no início do ano descobriram que foram vítimas de um golpe e perderam todo o valor investido, na ordem de R$ 578 mil.
Diante da situação, eles entraram com um processo contra a empresa na última quarta-feira (25). Conforme consta, quando descobriram o golpe a conta bancária usada como poupança tinha R$ 36 mil sendo que deveria ter pelo menos R$ 578 mil, e no decorrer do mês foi zerada por completo.
A conta em questão estava registrada no nome da empresa, que fazia a gerência dos valores e a cobranças dos formandos, que tinham a autorização apenas para conferir a evolução dos valores, sem poder sacar ou transferir para terceiros.
Além disso, o contrato tinha uma cláusula em que desautorizava a empresa retirar grandes quantias de dinheiro sem autorização e assinatura da presidente da comissão dos formandos e isso não aconteceu, segundo as vítimas.
O contrato com a empresa foi fechado em 2020 e desde então os estudantes vinham realizando pagamentos mensais via boletos ou cartão de crédito para custear os serviços de festa e toda a solenidades da formatura, prevista para o início de 2024.
Nesse meio tempo, eles chegaram a fazer uma festa para marcar os 300 dias do curso e também uma viagem no começo de 2022. As vítimas pontuam que chegaram até a empresa através de indicações e acreditavam ser confiável.
Mas o golpe foi descoberto após a divulgação de que outra turma de formandos, no Paraná, que também estava com a mesma empresa de formatura, tinha perdido o dinheiro depositado. Ao verificarem a conta deles, viram que não tinha mais nada.
Os advogados dos formandos tentou encontrar a direção da empresa, porém, nenhuma resposta foi repassda desde então e o site da marca foi desativado. A empresa tem a sede em Florianópolis (SC) e está sendo investigada pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações, Falimentares e Fazendários (Dedfaz).
A mesma empresa tem ainda contrato de prstação de serviço com outras cinco turmas de medicina em outras universidades em Mato Grosso do Sul. Destas, três já estão movendo ação na Justiça ou pretendem entrar com pedido cívil para quebra de contrato.