Acadêmico é preso dentro da sala de aula na Capital por ameaçar ‘promover um massacre’
Um acadêmico de identidade não confirmada foi preso em flagrante na manhã desta terça-feira (18) dentro de uma instituição de ensino superior de Campo Grande momentos depois de ameaçar promover um massacre no local.
De acordo com as informações, a reitoria da universidade teve o conhecimento de uma troca de mensagens do acadêmico do curso de psicologia com outra pessoa na qual ele ameaçou ‘fazer um massecre’ dentro da instituição.
Além de textos, o acadêmico também compartilhava fotos de armas e máscaras nos grupos da universidade. Outra informações diz que ele tinha o costume de curtir publicações relacionadas ao nazismo.
Imediatamente, a Polícia Militar foi acionada e prendeu o rapaz dentro da sala de aula. “Assim que tomamos conhecimento de supostas ameaças, o Conselho de Reitoria acionou as autoridades competentes”, cita a nota da universidade.
Ainda de acordo com a assessoria de imprensa, o acadêmico foi suspenso preventivamente e deverá retornar somente quando a investigação for encerrada e não há um prazo estipulado para isso.
Segundo a polícia, o jovem deve responder pelo provocar falso alarme, incitação ao crime e ameaça, além de falsidade ideológica. A família do aluno esteve na instituição para ser notificada sobre os fatos. Ele foi levado à delegacia para depoimento.
Onda de violência
Desde o último dia 05 de abril, quando um jovem de 25 anos invadiu uma escola infantil na cidade de Blumenau (SC) e matou quatro crianças de três a sete anos de idade usando uma machadinha, uma verdadeira onda de ameaças às instituições escolares em todo o País passou a ser registrada nas redes sociais.
Por conta disso, muitos pais e responsáveis por estudantes menores de idade ficaram temorosos em levar os filhos até as escolas e passaram a cobrar da autoridades públicas medidas de segurança. Em Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado agiu rápido e intensificou o trabalho de rondas escolares e também de monitoramento das escolas públicas estaduais com câmeras.
A Polícia Militar colocou em funcionamento um gabinete de crise e uma central para acompanhar as ocorrências em tempo real, com estatísticas e ações de estratégias para evitar casos de violência no ambiente escolar. A partir disso vários alunos foram flagrados com armas, como simulacros e até machadinha sob a alegação de que queriam se defender dos ataques.
Apesar de poucos registros, o Brasil já acumula um significativo histórico de atentados às unidades de ensino. Dados extraídos de um mapeamento produzido pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aponta que o primeiro episódio deste tipo foi em 2002, quando um adolescente de 17 anos disparou contra duas colegas dentro da sala, em Salvador. Desde então, já foram contabilizados 22 ataques, com 13 deles realizados apenas ao longo dos últimos dois anos.