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Ronaldinho Gaúcho e irmão seguem presos em hotel do Paraguai

Os irmãos Ronaldo [Gaúcho] e Roberto Assis completam nesta quinta-feira (16) 10 dias de prisão domiciliar no Paraguai. A dupla aguarda o julgamento do caso em que respondem por uso de documento falsificado. Após um mês alojados numa penitenciária de segurança máxima de Assunção, capital do país vizinho, os dois foram hospedados permanentemente no luxoso hotel Palmaroga.

O estabelecimento hoteleiro pertence ao aclamado Grupo Barcelona, cujo um dos sócios é o empresário Jordi Robinat, pessoa considerada próxima dos irmãos Assis. Está localizado numa região de aporte financeiro alto na capital paraguaia, na mesma zona do Palácio do Governo. O prédio tem uma área de 6.000 m², foi reconstruído em 2019, mas mantém a estrutura histórica do início do século passado.
Para conseguir reverter a prisão, os irmãos pagaram à Justiça do Paraguai uma fiança milionária na ordem de US$ 1,6 milhão (R$ 8,4 milhões). Para ficarem hospedados no hotel, por tempo indeterminado,  pagam a diária de US$ 350 (R$ 1,8 mil na cotação atual) para cada um dos dois quartos ocupados.
Os dois tem também uma sala de 30×15 metros quadrados que foi adaptada para que pudessem se exercitar e ‘brincar com uma bola’. Isso acontece porque Ronaldinho e Roberto não podem sair do hotel, a determinação também impede qualquer tipo de privilégio, como comidas diferenciadas, visitas ou ligações.
Frente do hotel onde Ronaldinho cumpre prisão domiciliar no Paraguai — Foto: Reprodução
Os irmãos podem ser condenados a uma pena de até cinco anos no regime fechado, mas a defesa está tentando evitar isso, provando a inocência da dupla e alegando que foram usados por uma quadrilha de golpistas. Entretanto, a investigação do caso atesta que Ronaldinho Gaúcho e Roberto Assis tinha sim o conhecimento das falsificações dos passaportes.
O ex-jogador e seu e irmão foram ao Paraguai para participar uma ação de marketing envolvendo a inauguração de um cassino de um empresário brasileiro e também para participar de uma ação em uma fundação de ajuda às crianças em necessidade (Fraternidad Angelical).
O Paraguai está com seus processos e investigações policiais parados por conta da pandemia do novo coronavírus. O país registra oito mortes e mais de 100 casos confirmados da doença. Exatamente por conta disso não há uma previsão de quando acontecerá o julgamento dos irmãos. Até então, o prazo para a conclusão do inquérito era de seis meses a contar do início do mês de março.

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