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Olimpíadas: Ana Sátila fica em 10º lugar na inédita final da canoagem slalom para o Brasil

Alguns milímetros de distância mudaram o destino de Ana Sátila nos Jogos Olímpicos de Tóquio. A décima colocação na prova do C1 da canoagem slalom veio após uma punição por não ter passado por uma das 25 balizas obrigatórias do circuito. Mas antes mesmo de entrar na água para a disputa da medalha, Ana Satila já fizera história ao se tornar a primeira mulher brasileira classificada para uma final olímpica na modalidade.

A brasileira fechou a competição com o tempo de 164.71. A medalha de ouro ficou com a australiana Jessica Fox, com 105.04, a prata com a britânica Mallory Franklin, com 108.68, e o bronze foi para a alemã Andrea Herzog, com 111.13.

Ana Sátila chegou na final com o terceiro melhor tempo entre as dez participantes (114.27). Na decisão, cometeu duas falhas. Na sétima baliza, um toque que custou dois segundos. Porém, o erro fatal veio ao não passar pela 22ª das 25 balizas da corredeira.

“Estava me sentindo tão preparada. Antes eu estava muito feliz de fazer a final, de ser a primeira mulher, de estar entre as dez melhores dos Jogos Olímpicos. E eu dei o meu melhor. A penalidade que tive foi tentando alcançar a medalha. Sabia que já tinha cometido alguns erros e tentei melhorar, mas a penalidade me custou muito. Estou muito decepcionada”, lamentou Ana.

De caçula do Time Brasil em Londres 2012 a finalista olímpica em Tóquio. A trajetória de Ana Sátila no esporte começou aos nove anos, em Primavera do Leste (MT), por incentivo do seu pai. De lá para cá, evoluiu rapidamente para se tornar a principal referência feminina da modalidade no país. Atual terceira colocada no ranking mundial, Ana tem no currículo as medalhas de ouro nos Jogos Pan-americanos de Toronto 2015 e Lima 2019, além do bronze no Mundial de 2017 e resultados de destaque em etapas de Copas do Mundo de canoagem slalom. Agora, a atleta de apenas 25 anos mira um futuro promissor tendo como objetivo principal Paris 2024.

“É muito difícil. Eu lutei muito contra os meus erros, minhas dificuldades. Melhorei muito e, durante essa temporada, venci desafios gigantes. Nem imaginava que ia estar aqui, então chegar na final ter representado o meu país foi muito legal. Não estou feliz com o resultado, mas agora é olhar para frente e recuperar o quanto antes”, disse Ana.

Nesta sexta-feira, dia 30, a canoagem slalom terá mais uma chance de buscar a medalha olímpica, com Pepê Gonçalves, na semifinal do K1. As disputas acontecem a partir das 14h do horário do Japão (2h do Brasil).

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