Jogos Escolares de Campo Grande leva emoção para alunos e professores
Após afastamento social por conta da pandemia da Covid, os 35º Jogos Escolares, promovido pela Prefeitura Municipal, por meio da Fundação de Esporte (Funesp), se tornaram um marco de retorno das atividades esportivas de alunos e professores de Campo Grande. A emoção tem tomado conta de todos, que passaram por dias muitos difíceis de isolamento social.
Os Jogos Escolares, abertos no Ginásio do Guanandizão, iniciado na semana passada com mais de 80 escolas cadastradas e quase 3.000 alunos inscritos, está sendo um grande desafio para os professores técnicos das escolas, pelo pouco tempo de treino das crianças, depois da volta às aulas.
A maioria dos alunos participantes estão em sua primeira competição. Alguns alunos na faixa etária acima de 14 anos ainda conseguiram participar dos jogos no ano retrasado, sem o afastamento pelo motivo da pandemia.
Odair Serrano, diretor-presidente de Fundação de Esporte destacou a ação. “Os jogos trazem para todos os profissionais da educação, técnicos e alunos a mensagem que estamos voltando a normalidade. Tivemos muitas vidas perdidas. O esporte viveu momentos tristes, mas estamos agora neste momento fazendo um grande retorno. Os atletas e professores das escolas estão bem motivados. A equipe da Fundação esta muito motivada também com esse retorno.”
O professor Rodrigo Oliveira de Paula, técnico de basquete da Escola Marista, comentou sobre o retorno das atividades esportivas. “É uma sensação ímpar. Ficamos dois anos afastados e muitas crianças perderam oportunidades de participar dos jogos. O fato de os alunos ficarem sem treino, sem educação física e sem contato com bola, vimos algumas dificuldades motoras, mas a volta com os treinos está sendo satisfatória.”
Para Karen Miller, professora de basquete da Escola Municipal Vanderlei Rosa, que trabalha com projeto atendendo 83 crianças, de até 14 anos, o campeonato foi um marco da volta dos alunos com atividades físicas. “Estou muito feliz. Trouxe 11 crianças para competir. Elas se prepararam para participar. É o esporte fazendo valer toda a coletividade, todo o aprendizado que ele traz, não tem preço, se esforçamos bastante para estar nos jogos. Hoje o que vale não é o resultado, mas a sensação de estarmos competindo, voltando as quadras”.
O professor Gladson Ortiz, técnico de voleibol, da Escola Funlec, emocionado, falou sobre as dificuldades de retorno. “Estamos voltando à vida. Muita luta, perdemos muita gente e, voltar para a quadra é emocionante. Tivemos apenas dois meses de aula. Perdemos um ciclo nesses dois anos. Estamos em um momento de reconstrução. Queremos buscar a qualidade daqui para frente. Estamos se organizando.”
O estudante do primeiro ano, Luiz Gustavo Porfirio, de 15 anos, da Escola Estadual Silvio de Oliveira dos Santos, que participou dos jogos escolares no ano de 2019, falou sobre a volta dos jogos escolares, pós- pandemia. O aluno é praticante da modalidade do basquete. “Conheci o basquete em 2019. Fui classificado na época, ficamos em primeiro lugar nos jogos escolares, íamos disputar o estadual e veio a pandemia. A melhor sensação que tenho é voltar em quadra, saber que vou jogar. Ficamos dois anos parados, não tínhamos companhia para jogar, então voltar para a quadra é uma sensação bem legal.”
A aluna Stephany Dessbesell, do 9º, que pratica voleibol, começou a treinar há um mês antes do campeonato. “Para mim foi uma experiência nova, uma sensação boa, fiquei nervosa. Faz um ano que jogo vôlei. A pandemia me atrapalhou um pouco porque os treinos pararam.”
As aulas presenciais das escolas da Rede Municipal, Estadual e Privadas foram todas canceladas, fazendo com que muitas pessoas deixassem de praticar atividades físicas de forma coletiva. Para os professores, a volta das atividades, por meio do Campeonato, se torna um marco temporal inicial do fim do isolamento, ao qual as crianças puderam retornar dentro das escolas e praticar esportes.