Brasil se impõe, vence o Japão, e se classifica para as quartas de final no vôlei feminino em Paris
O vôlei feminino do Brasil está classificado para as quartas de final dos Jogos Olímpicos Paris 2024. A seleção venceu o Japão por 3 sets a 0 (parciais de 25/20, 25/17, 25/18) nesta quinta-feira (1º), na Arena Paris Sul, em partida válida pelo grupo B. Com uma rodada de antecedência, as brasileiras se garantiram na próxima fase da competição.
Nem mesmo o alto poderio defensivo japonês e eficiência nos contra-ataques, características que levaram os últimos confrontos entre os times a irem para o tie-break, foi páreo para a imposição brasileira nesta quinta. O time do técnico José Roberto Guimarães entrou em quadra bastante concentrado e com poderio ofensivo efetivo com praticamente todas as atletas. Gabi foi o maior destaque e terminou a partida como maior pontuadora geral, com 17 pontos anotados.
“Acredito muito nessa equipe. Se jogarmos com essa consistência, taticamente entendendo o que a comissão técnica passa para nós, agressividade e energia, sabemos que nosso caminho será ainda mais longo. Foram dois jogos consistentes e muito importantes. Mas agora o foco é na próxima partida e podemos melhorar ainda mais o nosso saque e nossa agressividade. Vamos com tudo”, disse Gabi, capitã da seleção.
O Brasil também elevou o nível do seu sistema bloqueio-defesa, fundamental para a vitória diante das japonesas. As adversárias, inclusive, estavam “engasgadas”, uma vez que haviam vencido as brasileiras na semifinal da Liga das Nações deste ano, no time-break. Vitória devolvida e agora a seleção se prepara para o próximo compromisso da fase classificatória, domingo (4), contra a Polônia, às 16h (horário de Brasília).
“Claro que uma classificação dá uma tranquilidade. Mas pelo que a gente quer construir e onde a gente quer chegar pensando na medalha de ouro, cada jogo continua sendo uma final. A vitória agora contra a Polônia passa a ser importante não só pela primeira colocação do grupo, mas pelo que temos buscado. Consistência, agressividade e o nosso crescimento. Ainda tem muita coisa para melhorar. E estamos engasgadas com o time da Polônia. Sem dúvida nenhuma vocês vão ver um time muito agressivo”, completou Gabi.
O JOGO
O Brasil entrou em quadra inicialmente com Roberta, Rosamaria, Thaísa, Carol, Ana Cristina, Gabi e Nyeme (líbero). Como era de se esperar, a partida começou com bastante equilíbrio entre as duas equipes e alto volume de jogo apresentado por ambas desde as primeiras bolas. Ninguém conseguia se desgarrar do placar até que o sistema bloqueio-defesa brasileiro passou a ser mais efetivo. No ace de Roberta, o Brasil fez 19 a 16 e continuou pressionando as japonesas para fechar o primeiro set em 25 a 20.
No segundo set, as brasileiras vieram ainda mais agressivas, sobretudo na parte ofensiva, e contaram com a inspirada Ana Cristina, que fez três pontos seguidos de ataque. Com isso, o Brasil abriu vantagem de cinco pontos (8 a 3) e continuou se impondo, graças à eficiência no contra-ataque. Se dar brechas para as japonesas, nem mesmo diante de uma marcação polêmica da arbitragem, fato que gerou cartão vermelho (ponto para o adversário) para Gabi por reclamação, as brasileiras dominaram e fecharam a parcial em 25 a 17.
A terceira parcial começou mais equilibrada, com as duas equipes trocando pontos no início. Mas o Brasil elevou novamente a sua eficiência em defesa e contra-ataque para abrir cinco pontos de vantagem na metade do set (15 a 10). As brasileiras, então, administraram a distância no marcador e num belo ataque de Tainara, que entrou na inversão do 5 e 1 junto com Macris, fecharam o set em 25 a 18 e o jogo em 3 sets a 0.