Saudade é sentimento comum entre quem não vê a hora de ver o Museu de Arte Contemporânea reaberto
Saudade é um sentimento comum em quem coloca o Museu de Arte Contemporânea (Marco) para funcionar. Considerado um dos principais espaços culturais de Mato Grosso do Sul, o local está fechado para o público desde 2020, por causa da pandemia de coronavírus e, nesse mesmo período, teve que ser interditado por problemas no telhado.
“A gente então teve que sair do prédio”, recorda a coordenadora do Marco, Lúcia Monte Serrat. Ela conta que, por conta de fortes chuvas, parte do teto do auditório foi danificada. Para solucionar o problema, o Governo do Estado investiu R$ 130 mil, recurso que também foi usado para renovar a pintura interna do espaço, por meio do programa “Retomada MS”, para garantir a volta com segurança das atividades no local.
Durante o período em que o museu ficou fechado, a coordenação teve de se reinventar realizando, principalmente, atividades on-line. Há seis meses, a administração retornou ao museu. “Voltamos para o prédio há seis meses, ocupando o subsolo e começamos a fazer limpezas em obras, deixando tudo em ordem”, contou a coordenadora.
A expectativa de Lúcia em ver o museu movimentado novamente é grande e o retorno das atividades já tem data marcada: 23 de março de 2022. O que a coordenadora tem mais saudade é da movimentação de crianças, das caravanas das escolas públicas e privadas de Campo Grande. “Sempre digo que lugar de criança é no museu. A criança que tem essa possibilidade de conviver com o museu tem um processo de criação de cultura muito maior do que as outras, e o museu está aberto para isso. A gente está morrendo de saudade desse movimento, de ter gente”, contou.
Ainda não há previsão para que as caravanas de alunos voltem a visitar o museu, mas para o evento de retorno haverá a exposição com artistas selecionados em edital de 2020: Patrícia Pontes, de São Paulo, Mariana Arndt, de Mato Grosso do Sul, Arlete Santa Rosa, do Rio Grande do Sul e o Coletivo Maria Angélica Chiang, Julian Vargas, Miguel Angel, Ariza Benavides, também de MS. A exposição não pôde ser realizada também por conta da pandemia. “É uma alegria poder voltar”, afirmou a coordenadora.
Mais conforto – Para o conforto de quem visita o Marco, ou mesmo o Parque das Nações Indígenas, o estacionamento ao lado do museu foi completamente revitalizado. Com investimento de R$ 803.438,64, o espaço ainda ganhou escadaria e rampa por causa do desnível entre o estacionamento e a calçada, na altura do ponto de ônibus.