Pastora e cantora gospel Ludmila Ferber morre aos 56 anos
Faleceu na quarta-feira (26) a pastora e cantora gospel Ludmila Ferber, de 56 anos. Ela lutava contra um câncer no pulmão, com metástases no fígado e nos ossos.
Ludmila Ferber foi diagnosticada com a doença em 2018. Na época, em entrevista para a Revista Quem, ela declarou que “‘em tempos de guerra, nunca pare de lutar”.
“Hoje estou entrando em um momento único e surpreendente da minha vida: o tratamento de quimioterapia. Mas, ainda que o ritmo de viagens para ministrações diminua durante um tempo, meu ministério não parou. E nem vai parar.”, afirmou a cantora.
Ludmila Ferber ainda acrescentou que era grata por todo o amor e apoio que vinha recebendo desde o diagnóstico e por todas as canções que têm abençoado a tantos por todos os anos de sua carreira.
“Por favor, intercedam por mim, e, acima de tudo, alegrem-se, porque a glória da segunda casa será maior do que a primeira.”, complementou naquela entrevista.
Na última semana, de acordo com informações do site Metrópoles, Ludmila Ferber teria iniciado o quinto tratamento contra a doença em um Hospital de São Paulo.
Na segunda-feira, dia 24 de janeiro, ela compartilhou um trecho da música “Buscar Tua Face é Preciso” em uma publicação na rede social Instagram.
Ludmila Ferber deixa três filhas: Daniela Ferber Lino, Ana Lídia Ferber Lino e Vanessa Ferber Lino.
A cantora Fernanda Brum foi uma das artistas que lamentou a morte dela. “Meu amor, minha dor, minhas orações, minhas lágrimas, meu grito da alma, minha saudade. Mila, minha amiga, meu coração. Você foi, você é, nossa amizade, seu ministério. São tantas histórias e lembranças que não cabem num post, numa foto. Temos uma vida e um legado. Eu amo você, o que você deixou de aprendizado. Sua vida foi exemplo e esperança. Minha gratidão a Deus pelos momentos que vivemos, que ministramos juntas”, declarou nas redes sociais.
Carreira
Ludmila Múrias Ferber nasceu no Rio de Janeiro, no dia oito de agosto de 1965. Ela tinha a descendência de judeus, russos, espanhóis e portugueses. Se converteu à religião evangélica após ver o seu pai ser curado de câncer.
A carreira musical começou no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, em uma igreja local onde participava do louvor.
Em dezembro de 1987 casou-se com José Antônio Lino e, em 1992, se mudaram para Goiânia (GO) e em seguida para Brasília (DF), onde ela iniciou o seu ministério pastoral.
Em 1996, lançou o primeiro disco, intitulado ‘Marcas’, a partir deste lançamento a sua carreira se consolidou alcançando prestígio no público evangélico brasileiro.
Ao todo, foram 12 álbuns de estúdio gravados e oito gravados ao vivo, com destaque para os discos ‘Tempo de Cura’, ‘Ouço Deus Me Chamar’ e ‘Nunca Pare de Lutar’. Todos indicados ao Troféu Talento.
As principais composições dela são “Os Sonhos de Deus”, “Nunca Pare de Lutar”, “Aguenta Firme”, “Ouço Deus Me Chamar” e “A Doçura do Teu Falar”.
Além disso, Ludmila Ferber também já havia participado da gravação de vários outros trabalhos, como da Comunidade Evangélica de Vila da Penha e também da grupo Koinonya, do qual fez parte de 1992 a 1996.
Em 2007, a cantora participou da série ‘Minhas Canções’, no álbum ‘Minhas Canções na Voz dos Melhores Vol. 3’, cantando a música ‘Eu Te Escolhi Como Vaso de Honra’, composta pelo pastor R. R. Soares e lançado pela Graça Music.
Em 2011, Ludmila Ferber lançou o disco ‘O Poder da Aliança’ pela gravadora Som Livre, que trouxe participações de cantores conhecidos no cenário gospel brasileiro como Fernandinho, Ana Paula Valadão e Alda Célia, além de ter participado do Festival Promessas no mesmo ano.
Em 2018, a cantora assinou contrato artístico com a gravadora Sony Music Brasil. O último disco dela foi lançado em 2019, chamado ‘Um Novo Começo’.
Ludmila Ferber também publicou o livro ‘Nunca Pare de Lutar’, em 2012, e apresentou programas televisivos em diferentes emissoras evangélicas.