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Morre o cartunista Quino, criador de Mafalda, aos 88 anos

O cartunista argentino Quino, que ganhou popularidade com a personagem Mafalda, morreu aos 88 anos. A informação foi divulgada nos perfis oficiais do autor nas redes sociais.

Nascido em 1932, Joaquim Salvador Lavado foi apelidado de Quino ainda na infância pela família de imigrantes espanhóis que se estabeleceu em Mendoza, na Argentina. Estudou na Faculdade de Belas Artes até se voltar especificamente para o humor em quadrinhos e tiras para jornais.

Mafalda nasceria em 1964, uma garotinha esperta, contestadora e filosófica, inicialmente criada para uma campanha publicitária. Assim que ganhou as tiras dos jornais, e se tornou uma espécie de símbolo contra a repressão vivida pelos argentinos, durante o regime militar no país, ela conquistou outros países, como o Brasil, onde chegou em 1973, na Revista Patota, também em plena ditadura. No ano de sua chegada por aqui, Quino anunciava na Argentina que não mais criaria novas histórias para a personagem, pois ela tinha se tornado algo além do que ele imaginava.

Mesmo assim, Mafalda se manteve até os dias de hoje como a tira em quadrinhos latino-americana mais vendida no mundo. Os temas tratados por ela se mantêm atuais, e a própria ganhou vida a parte nas redes sociais, onde os balões com falas são substituídos por frases feitas à revelia dos leitores.

Quino se mudou para Milão, na Itália, em 1976. Conquistou honrarias, como o Prêmio das Astúrias de Comunicação e Humanidades, em 2014. Retornou a Mendonza, onde viveu os últimos anos e lidou com problemas de saúde, como a perda da visão.

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