Sala de situação vai monitorar doenças causadas pelo Aedes aegypti em Campo Grande
Para intensificar o enfrentamento das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como a dengue, zika e chikungunya, além de monitorar a evolução dos casos de maneira mais criteriosa, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), está criando uma sala de situação com o objetivo de dar mais celeridade aos processos de análise e contribuir na tomada de decisões. A resolução formalizando a implementação foi publicada na edição desta sexta-feira (31) do Diário Oficial do município (Diogrande).
A sala de sala de situação contará com representantes das áreas técnicas da SESAU sendo admitida a participação de outros órgãos, conforme a necessidade. Os integrantes devem se reunir ao menos uma vez por semana, ou de acordo com a necessidade demonstrada pelos indicadores epidemiológicos, entomológicos, operacionais e assistenciais.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, a instituição da sala de situação segue as diretrizes do Ministério da Saúde para o enfrentamento de epidemias e deve auxiliar na melhoria do tempo resposta para analise dos casos.
Serão discutidas as ações a serem adotadas na eventualidade da ocorrência de epidemias, visando garantir a atuação oportuna e eficiente da Rede Municipal de Saúde, de forma coordenada e segura para o usuário, sendo abordados temas como a estruturação da rede de atenção à saúde, nos diversos aspectos, além de matérias correlatas.
Dados epidemiológicos
Segundo informação da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica até o dia 28 de janeiro foram notificados 1.539 casos de dengue em Campo Grande. Um óbito, de um homem de 30 anos, já foi confirmado.
Além dessas, ainda foram registradas 19 notificações de Zika Vírus e nove de Chikungunya, que ainda estão passando por processo de avaliação laboratorial para confirmar ou não as suspeitas.
Durante todo o ano de 2019, foram registrados 39.417 casos notificados de dengue em Campo Grande, sendo 19.647 confirmados e oito óbitos.
Apesar dos números expressivos, impulsionados pela epidemia do último ano, o mês de dezembro fechou com aproximadamente 45% a menos de casos registrados no ano anterior.
Infestação pelo Aedes
Conforme o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo o Aedes aegypti (LIRAa), sete áreas de Campo Grande foram classificadas com o risco de surto de doenças transmitidas pelo mosquito.
O número de áreas em alerta praticamente dobrou, em comparação com o último LiRaa divulgado em novembro do ano passado, passando de 22 para 42 áreas. Dezoito áreas permanecem com índices satisfatórios.
O índice mais alto foi detectado na área de abrangência da USF Iracy Coelho, com 8,6% de infestação. Isso significa que de 233 imóveis vistoriados, em 20 foram encontrados depósitos. A área da USF Azaleia aparece em segundo com 7,4% de infestação, seguido da USF Jardim Antártica, 5,2%, USF Alves Pereira, 4,8, USF Sírio Libanês, 4,4%, Jardim Noroeste, 4,2% e USF Maria Aparecida Pedrossian (MAPE), 4,0%.