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Memórias de ex-ferroviários são tema de evento em Campo Grande

Para encerrar o mês do Patrimônio Cultural, a superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Mato Grosso do Sul, promove nesta quinta-feira (31/08) uma roda de conversa com o objetivo de visibilizar histórias vivenciadas pelos ex-ferroviários da Companhia Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, Patrimônio Ferroviário tombado em 2009 pelo Iphan.

O encontro será às 9h, na Associação dos Ferroviários, Aposentados, Pensionistas, Demitidos e Idosos (AFAPEDI), localizado na Av. Calógeras, 3045 – Centro, Campo Grande (MS).

Companhia Estrada de Ferro Noroeste do Brasil

A necessidade de garantir a comunicação no extenso território brasileiro, no final do século XIX e início do século XX, foi o grande impulsor do desenvolvimento do setor de transporte no território nacional. Foi nesse cenário de expansão que começou a construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (EFNOB), ligando o litoral paulista, em Santos, às fronteiras do Brasil com a Bolívia, em Corumbá, atualmente no estado do Mato Grosso do Sul.

O conjunto da EFNOB em Campo Grande (MS) possui 22,3 hectares e 135 edifícios em alvenaria e madeira, erguidos em datas diferentes a partir da ampliação das atividades e ainda mantém parte dos trilhos que não foram retirados da área urbana de Campo Grande. Entre os imóveis estão as casas dos operários, dos funcionários intermediários e dos graduados, os escritórios, as oficinas, uma escola, a caixa d’água e a estação, construída a partir de 1914, com ampliações em 1924 e 1930.

O tombamento destaca a importância da EFNOB para o desenvolvimento no Centro-Oeste brasileiro no início do século XX. O complexo ainda hoje mantém sua coesão formal, o que garante a importância de sua preservação, já que descreve uma narrativa das transformações histórica, política, social, tecnológica e arquitetônico-urbanística dos anos em que foram implementadas.