Capital

Escola do Campo produz jornal impresso e vídeos jornalísticos para divulgar ações

Estudantes da Escola do Campo Leovegildo de Melo e da  extensão Jacinto Matias Freire, da Rede Municipal de Ensino (Reme), localizada às margens da rodovia BR 262, lançaram, nesta terça-feira (05), o “Jornal do Campo para o Mundo”, que tem a proposta de divulgar as ações e projetos da escola.

Na primeira edição do jornal, que também ganhou um canal no Youtube, os alunos produziram matérias nas áreas de esporte, cultura e geral, sempre com foco nas atividades realizadas na escola a partir do mês de maio.DSC_7188

A secretária municipal de Educação, Elza Fernandes, e a secretária-adjunta, Soraia Campos, participaram do lançamento do jornal, que foi idealizado pela professora Lázara Lopez da Costa, dentro da disciplina de Língua Portuguesa, e teve como intuito trabalhar com os alunos textos e a oralidade.

Segundo relatou a professora, o projeto destacou um contexto positivo dentro de sala de aula para os estudantes, que tinham dificuldade em se expressarem verbalmente dentro de sala de aula.

Os alunos elaboraram um jornal impresso do tamanho de uma folha A3, com notícias do cotidiano escolar. Os estudantes também elaboraram um vídeo com entrevistas, onde fizeram questionamentos à diretora e professora, no formato jornalístico de pergunta e resposta para os entrevistados.

Parcerias

O projeto contou ainda com a ajuda de profissionais da comunicação. Um dos parceiros na elaboração do vídeo foi o jornalista Ailton Cezário, que durante visita dos alunos à TV Morena explicou a dinâmica de uma redação e o trabalho dos cinegrafistas e repórteres.

A distribuição dos jornais impressos foi realizada dentro da própria unidade para os alunos e convidados que estiveram presentes no evento, que contou com apresentações artísticas.

A professora Lázara explicou a importância pedagógica desse projeto para os alunos da escola. “É de suma importância, porque a disciplina da prática de leitura e produção de texto permite que nós possamos trabalhar mais dinâmicas e atividades lúdicas para que os  alunos possam gostar mais de ler e escrever. Além disso, os alunos do campo têm sua linguagem diferenciada, então ele vem para trabalhar essa performance da questão da oralidade”, destacou.

A secretária Elza Fernandes falou dos desafios da Semed para realizar novos projetos para a educação. “Também agradeço a parceria de toda a comunidade e da TV Morena que foi fundamental para que esse projeto se tornasse realidade. Aproveito para anunciar que muito em breve vamos trazer melhorias para a escola”, frisou.

O jornalista Ailton Cezário, que é repórter cinematográfico, falou da relevância de poder realizar o projeto com as crianças da escola Leovegildo. “Esse é um projeto que desenvolve a intelectualidade dos alunos, desperta o conhecimento e a autocritica e a avaliação de um mundo no âmbito geral. Isso é importante porque vai ajudar muito no crescimento e no desenvolvimento dessas crianças. Me sinto muito feliz em poder trabalhar com eles porque é o poder de exercer a cidadania. Isso posso fazer voluntariamente sem precisar passar por processos burocráticos, é só termos vontade”, pontuou.

A diretora da escola, Loides Rodrigues Siqueira, falou sobre a emoção de ver a primeira edição pronta. “Esse evento de hoje é um marco, porque iniciamos com muita dificuldade e estamos vencendo com essa parte diversificada da matriz curricular, com a oportunidade que a Semed deu pra nós. Tínhamos problemas com a oralidade, e com esse trabalho, estamos conseguindo mudar isso”, disse.

O aluno Renato Leão Duarte, 15 anos, do 9º ano, falou da experiência de participar do jornal e o que este trabalho proporcionou sua mudança em sala de aula. “É uma emoção muito grande e esse projeto me ajudou bastante para perder a timidez e poder falar em público. Trabalhamos uma semana treinando pra fazer a reportagem. Gostei do projeto, mas meu sonho é ser agrônomo.”

Isabel de Souza Melo, 16 anos, do 9º ano, ficou conhecida como “Maju” da Rede Globo, entre os colegas de classe. Ela conta da emoção de fazer parte do projeto e ser apresentadora. “Foi muito especial pra mim, porque antes eu tinha muita dificuldade pra entender algumas coisas e ai depois que a professora começou a desenvolver, fiquei bem melhor e me empolguei mais. Quando comecei tinha muita vergonha. Em sala de aula me ajudou muito a entender as coisas.”

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