Entregues 260 novas casas do Residencial Rui Pimentel I e II
A segunda-feira (7) foi de festa para 260 famílias que receberam a tão sonhada chave de suas casas. Essas unidades integram o Residencial Rui Pimentel I e II, obra contratada através do Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, em 2012, e que, após mais de quatro anos paralisadas, foram retomadas.
Recomeçar é exatamente o desejo da funcionária pública Sidineia Ledesma, 37 anos, que após uma separação, se viu junto com seus seis filhos, sem um teto para seguir adiante. “Não é fácil pagar aluguel e manter uma casa sozinha com seis filhos. Só Deus sabe o quanto eu esperei. Em 2012, me separei e não tinha pra onde ir. Foram anos sofrendo com todos esses problemas que atrasaram essa obra. Uma hora era empreiteira que ficava desistindo e aí problema com os antigos prefeitos, até que surge uma luz no fim do túnel: foi quando o prefeito Marquinhos trouxe a solução e hoje estamos aqui vivendo esse momento”, contou.
Gratidão é o sentimento que a jardineira Maria do Carmo Ferreira, 54 anos, carrega no peito. Ela conta que fez sua inscrição na Agência de Habitação há 20 anos, e que nunca perdeu a esperança de que chegaria sua vez. “Eu não acreditava que justamente na hora que fui contemplada a obra parou. Mas eu sabia que Deus iria nos enviar alguém que olhasse por mim e aqui estou. Sei que é a vontade de Deus. Tenho três filhos, sendo que um morreu por causa das drogas e o outro está preso. Mas essa casa veio para que a minha família tivesse uma nova chance de recomeçar”.
Fim das obras
O Residencial Rui Pimentel I e II possui 260 unidades habitacionais que deverão atender mais de mil cidadãos que se encontravam em situação de vulnerabilidade. O projeto havia sido contratado em 2012, por meio do Programa Minha Casa Minha Vida, com recursos do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) oriundo do Governo Federal. Desde então, as famílias que se cumpriram os critérios do PMCMV aguardavam a finalização das obras.
O sonho teve de ser adiado, já que a empreiteira contratada à época pelo agente financeiro e detentor legal deste empreendimento (Caixa Econômica Federal) decretou falência com cerca de 90% das obras concluídas. Diante de cláusula do PMCMV, em que impede a entrega parcial de unidades habitacionais de interesse social, as obras ficaram paralisadas cerca de dois anos após o início das construções.
Desde 2017, uma das prioridades da Agência Municipal de Habitação era destravar os recursos federais para o término das obras do residencial Rui Pimentel. Após diversas negativas do Governo Federal em liberar os recursos necessários para a conclusão das obras, em uma ação entre Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado, ambos aportaram os recursos requeridos a fim de entregar as unidades habitacionais o mais rápido possível.
O Residencial Rui Pimentel I e II, localizado no Bairro Centro-Oeste, região urbana do Anhanduizinho, é composto por 260 casas, sendo oito adaptadas a PCD (Pessoas Com Deficiência). Cada unidade habitacional possui 38,38 metros quadrados e as adaptadas têm 40,12 metros quadrados cada.
As moradias possuem sala, cozinha, dois quartos, banheiro e área de serviço. O empreendimento possui centro comunitário, playground e infraestrutura com pavimentação asfáltica, drenagem, energia elétrica, rede de água e esgoto. O aporte inicial de recursos via FAR foi da ordem de R$ 13.813.858,33.