Campo Grande deve ter 200 hortas urbanas até o final de 2020
Dotar Campo Grande de 200 hortas urbanas regularmente implantadas até o final de 2020. Este é o objetivo principal do Programa de Agricultura Urbana – Implantação de Hortas Urbanas, a ser desenvolvido pela Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Tecnologia), em parceria com a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural).
A parceria foi formalizada em recente reunião do qual participaram o secretário da Sedesc, Herbert Assunção, e o diretor presidente da Agraer, André Nogueira Borges. Nesse encontro o projeto foi amplamente debatido, com base em dados sobre os espaços disponíveis para implantação das hortas e sobre as demandas que a Superintendência do Agronegócio da Sedesc vem recebendo com esse objetivo.
Campo Grande expandiu muito horizontalmente, deixando espaços vazios urbanos consideráveis – avalia o secretário Herbert Assunção. Para ele, “esse perfil de cidade apresenta grande potencial para o desenvolvimento da agricultura urbana”. Secretário da Sedesc lembra que “é uma das missões da Sedesc promover a agricultura urbana como um todo, sempre com um olhar para o pequeno produtor, que são as pessoas que mais precisam da assistência do poder público”.
Herbert lembra ainda que “a agricultura urbana possui um caráter multifuncional, podendo ser uma estratégia dos órgãos governamentais para proporcionar aos mais necessitados, o apoio do poder público”. Secretário da Sedesc avalia também que as hortas urbanas “podem ser utilizadas para a educação ambiental, reutilização de resíduos orgânicos no processo de construção da fertilidade do solo, resgate social, aproximação e organização das pessoas em torno do labor”
Conforme documento divulgado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a prática da agricultura urbana que compreende o exercício de diversas atividades relacionadas à produção de alimentos e conservação dos recursos naturais dentro dos centros urbanos ou em suas respectivas periferias, surge como estratégia efetiva de fornecimento de alimentos, de geração de empregos, além de contribuir para a segurança alimentar e melhoria da nutrição dos habitantes das cidades.
Recentes pesquisas apontam que a agricultura urbana é um instrumento que cada vez mais chama a atenção dos formuladores de políticas públicas e dos pesquisadores. Isso ocorre pelo tema abordar de modo integrado os vários desafios urbanos, tais como o combate à pobreza e à desnutrição, as oportunidades de geração de renda, a gestão sustentável dos resíduos orgânicos (cerca de 50% do lixo das cidades), etc.
O programa
Está sendo preparado um Termo de Cooperação a ser firmado entre Sedesc e Agraer, porém algumas metas prioritárias do programa já definem alguns caminhos que devem ser tomados para a concretização imediata do Programa Agricultura Urbana, item hortas urbanas.
Essas metas apontam que pelo programa deverão ser fortalecidas as cerca das 80 hortas comunitárias já implantadas, além de implantar 40 novas hortas no ano de 2019. Para o próximo ano está prevista implantação de 80 novas hortas, perfazendo total de 200 hortas até o final da atual gestão, com acompanhamento e assistência técnica Sedesc/Agraer
O programa prevê também implantar 5 pontos de comercialização no ano de 2019 e outros 10 até o final de 2020.
“Os objetivos desse projeto são as melhorias do consumo e da alimentação dessas famílias que estarão trabalhando e a melhoria de renda, uma vez que poderão realizar a venda da produção das hortas” explicou André Borges, da Agraer.
Procurando agilizar o processo de controle das hortas já implantadas e organizar os interessados quanto à implantação das futuras hortas, a Sedesc já iniciou o trabalho de coleta de dados junto aos produtores para que um cadastro geral seja incluído num sistema de acompanhamento informatizado.
“Em breve teremos um retrato mais claro de todo o processo de implantação e acompanhamento técnico das hortas, fortalecendo assim as bases do Programa e oferecendo às famílias de produtores informações seguras sobre produção e mercado consumidor de cada item produzido”, afirma o engenheiro agrônomo João Duarte, responsável pela elaboração do projeto.