Capital

Blitz educativa marca 1° dia de campanha pelo fim da doação de esmolas na Capital

A campanha “Não dê esmolas, dê dignidade, não dê esmolas, dê oportunidades”, já está nas ruas de Campo Grande. No primeiro dia de abordagens e blitz educativas, equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) e da Fundação Social do Trabalho (Funsat) entregaram panfletos no semáforos e conversaram com a população sobre o objetivo da ação, que é trocar a oferta de esmolas para as pessoas em situação de rua pela indicação dos serviços disponibilizados pela Prefeitura, que inclui a oferta de vagas de trabalho e o atendimento em comunidades terapêuticas ou em uma das quatro unidades de acolhimento institucional da Capital.

A vice-prefeita Adriane Lopes marcou presença no início da ação e ressaltou a importância das parcerias para o sucesso da campanha. “Vamos juntos transformar a realidade dessas pessoas. Unindo forças e levando informação e oportunidades, conseguiremos oferecer uma vida digna à elas”, pontuou. O secretário municipal de Assistência Social, José Mario Antunes, e o diretor-presidente da Funsat, Luciano Martins, também participaram das abordagens informando sobre os serviços da gestão municipal para este público.

Sensibilizado pela iniciativa da Prefeitura, Michael Felipe Ramalho da Silva passava pelo cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho quando reconheceu a equipe que o ajudou a sair das ruas e fez questão de cumprimentar os profissionais pela iniciativa.

Há um ano ele estava em uma das escolas municipais transformada em unidade de acolhimento devido à pandemia. Foi lá que sua vida começou a ser transformada.

“A partir do momento que tive contato com o serviço da Assistência Social, comecei a ter uma nova perspectiva de vida. Era usuário e tive muitas recaídas, mas sempre que precisei eles estavam do meu lado. Se eu ainda estivesse nas ruas recebendo esmolas, não teria mudado de vida. Meu vício era sustentado por essas pessoas que me davam dinheiro”, afirmou.

Otimista com sua nova realidade, em apenas um ano Michael voltou a trabalhar como gerente de negócios corporativos e já conseguiu financiar seu próprio apartamento. Para que mais pessoas tenham a mesma oportunidade, ele aconselha a população a divulgar os serviços de acolhimento ao invés de oferecer esmolas.

Também acompanhando a movimentação das equipes na rua, a comerciante Fátima Ribeiro apoiou a iniciativa e disse que vai ajudar a compartilhar as informações. “Não costumo dar esmolas e acredito que com a união de todos ajudamos a tirar essas pessoas das ruas”, pontuou.

A dona-de-casa Cristiane Franco ficou surpresa ao descobrir os serviços de acolhimento disponibilizados pela Prefeitura. “Não sabia dessas unidades. Eu não costumo ajudar porque não tenho condições, mas é importante saber porque a gente só conhece essas informações no tempo do frio”, ressaltou.

Cronograma

Além das ações de conscientização, uma van com técnicos do Serviço Especializado em Abordagem Social está percorrendo a área central com um conselheiro tutelar para realizar abordagens de pessoas em situação de rua que estejam com crianças.

Na segunda-feira (27), a partir das 8 horas, haverá ação em parceria com a Funsat para oferta de vagas de trabalho aos acolhidos na UAIFA I, localizada no Jardim Veraneio e blitz no cruzamento da Avenida Mato Grosso com a Via Parque.

Até a próxima sexta-feira (01) as abordagens de conscientização continuam em pontos da área central, além de ação no Centro de Apoio ao Migrante (CEDAMI), no bairro Amambaí.

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