Ação conjunta reforça combate ao mosquito Aedes aegypti em Campo Grande
Desde a última semana, cerca de 70 servidores do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) estão auxiliando nas ações de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti em Campo Grande, realizadas pela Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Secretaria Municipal de Saúde (CCEV/SESAU). O reforço contribui para dar mais celeridade ao trabalho e ampliar a área de atuação.
A Atualmente as equipes de campo percorrem os bairros da capital realizando vistorias e orientações nos imóveis a fim de eliminarem os focos do mosquito e prevenir novos casos priorizando regiões e bairros com maior incidência, seguindo cronograma estabelecido pela coordenadoria de vetores.
Os casos notificados de dengue têm se mantido estáveis em comparação ao mesmo período do ano passado, no entanto os cuidados para evitar a proliferação do mosquito e, consequentemente um aumento no número de casos, devem ser permanentes.
Conforme dados epidemiológicos da Sesau, de 01 janeiro a 26 de abril deste ano foram contabilizados 2.365 casos notificados de dengue e três óbitos provocados pela doença em Campo Grande. No mesmo período foram registrados 4 casos de zika e 13 de chikungunya.
“É uma doença que sempre nos preocupou e que exige a atenção devida, pois alguns casos evoluem com maior gravidade e também acaba sobrecarrega o sistema de saúde. Portanto é necessário agir de maneira preventiva”, destaca o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho;.
Apesar da preocupação com o possível aumento no número de casos, os índices atuais são os menores regitrados nos últimos cinco anos. Uma redução consolidada no ano passado, após o Município enfrentar duas epidemias seguidas da doença.
Em 2019, Campo Grande registrou 44.871 casos e oito óbitos provocados pela dengue. À época, a Prefeitura realizou uma força-tarefa batizada “Operação Mosquito Zero”, envolvendo a sociedade civil organizada e todas as secretariais municipais. Foram realizadas ações de manejo nas sete regiões urbanas e distritos do Município para conter o avanço da doença.
No ano seguinte, 2020, os casos caíram pela metade, resultado do trabalho executado. Em todo o ano, foram 20.198 notificações e 7 óbitos. Mesmo durante a pandemia de Covid-19, os trabalhos de combate ao mosquito Aedes aegypti continuaram sendo realizados, o que levou o Município a registrar uma redução histórica de mais de 90% nos casos em 2021.
Em todo o ano passado, a Capital registrou 5.288 casos notificados de dengue e 4 óbitos provocados pela doença.
“É o resultado do trabalho que vem sendo executado pelo Município há 4 anos. É um esforço coletivo que foi feito para que a gente tivesse esse resultado. ”, finaliza o secretário.
Grande ação
A Prefeitura de Campo Grande está preparando uma grande mobilização de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti que deve ser lançada na próxima semana. Além de intensificar o trabalho que já é feito pela Secretaria Municipal de Saúde, outras pastas e instituições estarão envolvidas.
O objetivo é atuar nas áreas consideradas mais críticas com trabalho de manejo, vistoria de imóveis, terrenos baldios e recolhimento de materiais inservíveis potenciais criadouros do mosquito, e conscientizar a sociedade sobre a importância de cada um fazer a sua parte, considerando que 80% dos focos do Aedes aegypti ainda são encontrados dentro das residências, segundo Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LiRaa).
Metódo Wolbachia
Além do trabalho de manejo e controle efetivo da doença, Campo Grande é uma das cinco cidades do País escolhidas para receber o projeto Wolbachia.
No mês passado mais nove bairros foram contemplados na chamada Fase 4 de implementação do método Wolbachia em Campo Grande. O método é complementar no combate a dengue, Zika e chikungunya.
Desde o dia 15 de março, as liberações dos mosquitos estão acontecendo nos bairros Coronel Antonino, José Abrão, Mata do Jacinto, Mata do Segredo, Monte Castelo, Nasser, Novos Estados, Nova Lima e Seminário.
Ao mesmo tempo em que ocorrem as liberações da Fase 4, teve início o engajamento da Fase 5, que vai chegar em 21 bairros: Amambaí, Autonomista, Bandeirantes, Bela Vista, Cabreúva, Caiçara, Carvalho, Centro, Cruzeiro, Glória, Itanhangá, Jardim dos Estados, Margarida, Monte Líbano, Planalto, Santa Fé, São Bento, São Francisco, Sobrinho, Taveirópolis e União.
A população como um todo, agentes de saúde, escolas publicas e particulares, líderes comunitários e religiosos, todos podem ajudar.