Com 27 propostas, investimentos do Estado em pesquisa para SUS e Covid-19 ultrapassam R$ 700 mil
O governo estadual por meio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect) vai investir R$ 712.500,00 em 27 projetos de pesquisa para ajudar e contribuir com à saúde pública, tendo nesta edição trabalhos relacionados a pandemia do covid-19.
O Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde lançou o edital em julho do ano passado. Os projetos aprovados foram selecionados e agora já está na fase de assinatura de contratos, para que depois sejam liberados os recursos aos pesquisadores.
Esta é a segunda edição do programa, que teve o primeiro edital lançado em 2016. Somando as duas publicações, chega-se a um investimento de R$ 1.425.000,00 em pesquisas voltadas para o SUS (Sistema Único de Saúde). O recurso se trata de uma parceria entre o Ministério da Saúde, com contrapartida do governo estadual.
“Nesta última edição tivemos o cuidado de refazer o edital, para incluirmos a linha de pesquisa sobre a covid-19 com bons trabalhos selecionados, que vão pesquisar sobre este tema crucial na saúde pública do Brasil e de todo mundo. Nossa intenção é financiar projetos que possam trazer soluções para problemas da saúde pública, entre eles a pandemia do coronavírus”, explicou o diretor-presidente da Fundect, Márcio de Araújo.
O diretor explicou que os projetos em maioria são voltados para atenção básica, em três linhas de pesquisa: redes de atenção à saúde, saúde nas fronteiras e vigilância em saúde. Cada projeto selecionado terá até R$ 30 mil de financiamento. “Mato Grosso do Sul foi o terceiro estado a lançar o edital no País. Entramos agora na fase de assinatura do termo de outorga e depois já iniciam os pagamentos”.
Pesquisas
Entre os projetos selecionados aparecem vários voltados ao estudo e combate a covid-19, que tratam de doadores de sangue assintomáticos, outro sobre os fatores de risco e mortalidade da doença, uma pesquisa em relação a qualidade de produtos de álcool vendidos no comércio e usados em hospitais públicos, assim como o desenvolvimento de produtos (desinfetantes) que combatem o vírus.
Também haverá um projeto específico sobre os profissionais de saúde que estão na linha de frente (covid-19), além de abordagens locais da pandemia na região de fronteira, com o monitoramento das sequelas da doença nos idosos, além da vigilância em saúde no enfrentamento ao vírus na cidade de Três Lagoas.
Outros temas também entraram na edição, como rede de apoio a diagnósticos de infecções fúngicas, monitoramento da gestão SUS, prevenção em tratamento de lesões e infecções de pele, planejamento de parto em Mato Grosso do Sul e pesquisas voltadas ao vírus da dengue, entre outros.
São projetos de várias universidades como UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e UCDB (Universidade Católica Dom Bosco). Além de instituições como a Fiocruz-MS (Fundação Oswaldo Cruz) e da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
“Irão realizar as pesquisas professores e pesquisadores das universidades, que ajudam com projetos de pesquisa voltados para sua rede local de saúde, trazendo um impacto muito grande para o SUS, porque são soluções que interferem no dia a dia e melhora o sistema público”. (confira a lista completa).
Iniciativa
O edital é mais um investimento em pesquisa e tecnologia para Mato Grosso do Sul. De iniciativa da Fundect, SES, CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).
“Somente por meio da ciência e tecnologia podemos ajudar o SUS e enfrentar um vírus deste tamanho (covid-19), assim como resolver outros problemas da saúde pública. O Brasil tem se debruçado sobre isto e Mato Grosso do Sul está fazendo sua parte”, descreveu Márcio de Araújo.
O secretário estadual de Desenvolvimento e Produção, Jaime Verruck, destacou que o edital e os investimentos em ciência e tecnologia demonstram o compromisso e seriedade nos trabalhos desenvolvidos, neste setor, no Estado. “Ainda mais neste momento onde está cada vez mais clara a necessidade de se investir em ciência”.