Militares não participarão de desfiles do Dia da Independência
O Ministério da Defesa determinou que as Forças Armadas sejam orientadas a não participar, neste ano, dos desfiles de 7 de setembro alusivos ao aniversário da Independência da República.
A diretriz foi publicada no “Diário Oficial da União” (DOU) desta sexta-feira (7) e tem o objetivo de evitar aglomerações diante da pandemia do novo coronavírus.
Segundo a portaria sobre a “Semana da Pátria 2020”, tradicionalmente as Forças Armadas participam das comemorações, que estimulam “a ampla manifestação dos valores cívicos em todo território nacional, por meio de atividades culturais e solenidades específicas”.
De acordo com o ministério, as condições atuais indicam que as recomendações sanitárias ainda estarão valendo em setembro.
“Determino aos Comandantes da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira que orientem suas respectivas Forças para se absterem de participar de quaisquer eventos comemorativos alusivos ao supracitado evento como desfiles, paradas, demonstrações ou outras que possam causar concentração de pessoas”, diz a publicação.
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, foi questionado na manhã desta sexta sobre o tema e afirmou que provavelmente o desfile será cancelado.
Sobre se ainda pode haver alguma comemoração alterativa, Mourão disse que o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, deve discutir o assunto com o presidente Jair Bolsonaro.
O Brasil tem 98.650 mortes por coronavírus confirmadas até as 8h desta sexta-feira (7), segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
Na noite desta quinta-feira (6), Bolsonaro disse ser preciso “tocar a vida”, ao comentar o fato de o Brasil se aproximar da marca de 100 mil mortes pelo novo coronavírus.
“A gente lamenta todas as mortes, já está chegando ao número 100 mil, talvez hoje. Vamos tocar a vida. Tocar a vida e buscar uma maneira de se safar desse problema”, declarou, ao lado do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello.
*Por G1