MS tem vagas de emprego, mas empresas têm dificuldades de contratar, diz Longen
De um lado, taxa de desemprego em níveis elevados. De outro, empresas em dificuldade para preencher as vagas de trabalho abertas. O descompasso entre a oferta e a demanda no mercado de trabalho no país tem gerado preocupação entre a classe empresarial. A retomada do crescimento econômico depende, entre outros fatores, do aumento na produtividade, mas isso só é possível se houver mão de obra disponível.
Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, em Mato Grosso do Sul o cenário do emprego também é preocupante. “Temos de 15 a 20 mil vagas disponíveis no mercado de trabalho em Mato Grosso do Sul. Vivemos um momento diferente, em que as empresas precisam contratar, mas não estão encontrando trabalhadores no mercado. Quando se avalia o porquê, temos grande preocupação com os benefícios de assistencialismo que estão sendo criados”, diz o líder empresarial.
Para minimizar os efeitos negativos desse descompasso, o Sistema Fiems aposta na educação profissional oferecida por meio do Senai. A entidade oferece em Mato Grosso do Sul mais de uma centena de cursos, nas modalidades presenciais ou a distância. O aluno que passa pelo Senai aprende uma profissão e chega ao mercado de trabalho com maiores chances de ser contratado.
“Nós, no Senai, temos cerca de 200 cursos técnicos. O que nós estamos em dificuldade hoje é encontrar interessados. Essa é a preocupação. Quando se avalia os números de desemprego no Brasil, você não encontra nem interessados em qualificação. É algo triste para o Brasil. Mas acredito que viver em pleno emprego será bom para todos nós”, afirma Longen.
Em breve, o Sistema Fiems irá lançar uma plataforma na internet para aproximar trabalhadores e empregadores. É mais um esforço da entidade representativa da indústria sul-mato-grossense para gerar empregos e dinamizar a economia.