Governo anuncia que não dará aumento salarial aos servidores este ano
Em reunião com representantes de 36 sindicados, associações e federações representativas dos servidores estaduais, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul adiantou que este ano não será aplicado nenhum tipo de aumento salarial às categorias.
O encontrou aconteceu na segunda-feira (11), na sede da Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização (SAD), sob a coordenação do secretário-adjunto Édio Viegas.
Conforme as informações, além da crise mundial de saúde ocasionada pela pandemia do novo coronavírus, que tem impactado a movimentação econômica global, o Governo Federal condicionou o socorro financeiro a estados e municípios a concessão de reajuste “zero” aos servidores.
“Nossa prioridade número um é pagar os salários em dia, conforme determinação do governador Reinaldo Azambuja. Qualquer ampliação de despesa com pessoal nesse momento de crise impossibilitará o Governo de cumprir com suas obrigações. E nesse cenário, atrasar salário é muito mais penoso do que não ter reajuste salarial”, destacou o secretário-adjunto.
“Entendemos o momento difícil e sabemos que essas questões terão que ser construídas em conjunto, com diálogo e aproximação do Governo com os servidores”, disse a presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos Estaduais e Municipais do Estado de Mato Grosso do Sul (Feserp/MS), Lílian Fernandes.
Na reunião, técnicos da equipe econômica do Governo explicaram aos representantes sindicais que a partir do mês de junho o Estado não conseguirá manter as contas equilibradas sem ajuda da União.
Por isso, Mato Grosso do Sul vai aderir ao programa de auxílio emergencial do Governo Federal para estados e municípios compensarem perdas de arrecadação provocados pela pandemia da coronavírus.
Aprovado pelo Congresso na semana passada, o projeto de lei que autoriza o socorro financeiro de R$ 702 milhões a MS ainda precisa ser sancionado pela Presidência da República.
O texto foi aprovado pelos deputados e senadores com a possibilidade de concessão de reajuste salarial para algumas categorias, como profissionais da saúde e da segurança pública. Mas o presidente Jair Bolsonaro sinalizou que pretende vetar essa condição