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Crise hídrica obriga suspensão do transporte de cargas pela hidrovia Tietê-Paraná

O transporte de cargas pela hidrovia Tietê-Paraná está suspenso desde o dia 26 de agosto, quando o nível do reservatório do rio Paraná, nas barragens de Ilha Solteira e Três Irmãos, ficou abaixo de 3,25 metros.

Segundo afirmou Rafael Seronni Mendonça, do Departamento Hidroviário de São Paulo, a navegação pela hidrovia era possível até 31 de agosto, porém o último comboio passou no dia 26. Em alguns trechos do rio Tietê, no entanto, ainda é possível fazer o transporte de cargas.

Esse tema foi tratado durante a reunião do Grupo Técnico de Assessoramento da Situação da Região Hidrográfica do Paraná (GTA-RH Paraná), realizada na tarde de quarta-feira (08), de modo virtual, com participação de representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico, da ANA (Agência Nacional das Águas) e dos estados servidos pela bacia do rio Paraná. O gerente de Recursos Hídricos do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Leonardo Sampaio, representou o Governo do Estado na reunião.

“Por enquanto não temos informação de que usuários que captam água do rio Paraná tenham sofrido qualquer problema ou dificuldade. O problema maior é com relação à suspensão do transporte hidroviário”, posicionou-se Sampaio durante o encontro.

A situação do nível dos reservatórios continua crítica e piorando, segundo mostrou Paulo Diniz de Oliveira, do Operador Nacional do Sistema Elétrico. Em média, o nível dos reservatórios está em 27,8%, contra 49% verificado no mesmo período do ano passado. Na região Sudeste/Centro-Oeste o nível é de 20%, metade do que marcava em 2020.

O grupo volta a se reunir no dia 28 para avaliar a situação e orientar eventuais tomadas de decisões.

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