Com apoio do Estado, empresa quer reativar usina termelétrica William Arjona
Primeira termelétrica do país a utilizar gás natural do Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol) para geração de energia, a Usina William Arjona, instalada no Distrito Imbirussu, em Campo Grande, pode ser reativada nos próximos meses depois de ficar dois anos sem operações. Recentemente adquirida pelo Grupo Delta Energia, a unidade foi inaugurada em 1999 e soma 206,35 megawatts de capacidade de produção.
Ontem (5), o governador Reinaldo Azambuja se reuniu com diretores do grupo empresarial para conhecer o plano de ligação da usina. Sócio da Delta Energia, Ricardo Lisboa afirmou que a empresa busca alternativas para a UTE William Arjona “vislumbrando o mercado do gás, que está em fase de mudanças”. Novas regras para o setor, editadas pelo governo federal, abriram o mercado do combustível, até então comandado pela Petrobras, e devem reduzir em até 40% o preço do insumo.
Segundo o diretor-presidente da Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul (MSGÁS), Rudel Trindade, a proposta da empresa é reativar a turbina da termelétrica de forma sazonal. “Mas quando estiver em funcionamento, ela vai consumir até 1,3 milhão de metros cúbicos de gás natural por dia – volume grande e considerável”, explicou. A medida, para ele, beneficia o Estado tanto do ponto de vista da arrecadação do ICMS quanto da estabilidade da produção de energia.
Presente no encontro, o secretário Jaime Verruck (Desenvolvimento Econômico) explicou que o governador Reinaldo Azambuja sinalizou o interesse de Mato Grosso do Sul na reativação da termelétrica. “O governador inclusive vai conversar com a Gaspetro para discutir a questão do fornecimento do gás natural”, afirmou. Segundo ele, tudo indica que em até três meses a usina termelétrica seja reativada dentro do novo cenário do gás, com a MSGÁS fornecendo o combustível.