Vazio sanitário da soja em MS será entre junho a setembro, determina MAPA
Em Mato Grosso do Sul, o período chamado de vazio sanitário, que é quando ocorre a ausência total de plantas vivas de soja, será entre os dias 15 de junho a 15 de setembro. A informação consta em uma Portaria publicada nesta segunda-feira (10) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) no Diário Oficial da União (DOU).
A pasta também alerta=ou aos produtores para o expressivo aumento das ocorrências da doença na safra 2022/2023. “Faz-se necessário um esforço conjunto por parte tanto dos produtores, quanto dos Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Vegetal de cada unidade da federação quanto à revisão das finalidades e da quantidade de autorizações relativas aos cultivos em caráter excepcional, previstos na portaria (clique aqui para ver)”, cita.
A Secretaria de Defesa Agropecuária está avaliando também a redução dos períodos relativos aos calendários de semeadura a serem estabelecidos para a próxima safra. A Ferrugem Asiática é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura da soja, podendo ocorrer em qualquer estádio fenológico. Nas diversas regiões geográficas onde a praga foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.
No mais recente balanço disponível, consta que em Mato Grosso do Sul a safra 2022-2023 registrou 57 casos de ferrugem asiática, sendo a segunda maior quantidade de todo o País, atrás apenas do Paraná, onde foram confirmados 83 casos. A cidade de Naviraí foi que obteve mais casos da doença, com 16.
O vazio sanitário é o período contínuo, de no mínimo 90 dias, em que não pode plantar e nem manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento na área determinada. Essa medida fitossanitária é uma das mais importantes para o controle da ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. O objetivo é reduzir ao máximo possível o inóculo da doença, minimizando os impactos negativos durante a safra seguinte.