Santo do dia

São Irmão Miguel Febres, um evangelizador e educador do Equador

Um educador, escritor e evangelizador muito respeitado no Equador e na Espanha. Santo Irmão Miguel Febres decidiu ser sacerdote para pregar a palavra da Deus, oferecer uma boa educação aos mais humildes e também para expandir a fé do seu povo. Ele é considerado o padroeiro dos pedagogos.

Batizado com o nome de Francisco Luis Febres-Cordero y Muñoz, ele nasceu no dia 07 de novembro do ano de 1854 em Cuenca, no Equador. Sua família era cristã e devota de Jesus Cristo, por isso, desde cedo foi educado na fé cristã e católica.

Seu pai Francisco Maria Febres foi professor universitário enquanto que o avô, de identidade não confirmada, foi um general do exército e venerado como herói nacional do Equador.

Irmão Miguel Febres nasceu com uma enfermidade dos pés, sendo até então incapaz de ficar em pé e até mesmo de andar sozinho. Mas aos cinco anos de idade, ele recebeu uma visão da Virgem Maria e foi milagrosamente curado.

Ainda quando criança, aos oito anos, outro milagre lhe foi atribuído. Na ocasião, escapou da morte ao ser atacado por um touro.

A mãe, Ana de Jesús Muñoz y Cárdenas, foi quem cuidou e o educou até os nove anos de idade, quando ela faleceu. Seu pai se casou novamente depois de algum tempo, com Heloise Santillán.

No ano de 1863, Irmão Miguel Febres foi matriculado em uma instituição de ensino administrada pela congregação Irmãos das Escolas Cristãs. Foi ali que ele se aproximou da vida religiosa. Logo, sentiu-se chamado por Deus para se tornar um membro daquela Ordem.

Apesar da fé de sua família, seu pai não concordou com a sua decisão de se tornar um dos irmãos da Ordem, defendo que deveria seguir uma carreira de futuro promissor, que lhe desse dinheiro e condições de uma vida próspera.

Cinco anos depois, em 1968, finalmente conseguiu vestir o hábito religioso, mesmo desobedecendo a vontade de seu pai que, por sua vez, cortou todos os laços que tinha com o filho, não mais o reconhecendo como herdeiro.

Na Ordem, recebeu o nome que marcaria a sua vida para sempre: Irmão Miguel Febres. Ele foi o primeiro equatoriano a ingressar na congregação.

Tornou-se professor na capital do Equador, Quito, onde lecionou por mais de 30 anos. Era descrito como um homem gentil, honesto e caridoso.

Nesse meio tempo, também escreveu livros escolares para o ensino da língua espanhola, bem como odes e discursos sobre métodos de ensino.

Alguns de seus trabalhos foram reconhecidos pelo Governo do Equador, que adotou suas publicações como metodologias oficiais do ensino.

Com a fama e o sucesso do trabalho literário, foi aclamado como membro da Academia Equatoriana de Letras, em 1892, e também nas Academias da Espanha, França e Venezuela.

Santo Irmão Miguel Febres foi enviado à Europa em 1905 para que traduzisse textos do francês para o espanhol para uso e trabalhou nessa medida na Bélgica.

Foi em 1908 que a sua saúde apresentou instabilidade. Na época, tinha sido transferido para Barcelona, na Espanha, onde continuou a trabalhar enfrentando um período conturbado naquela região, com greves e igrejas sendo queimadas, e a consequente evacuação da Ordem.

Santo Irmão Miguel Febres morreu no dia 09 de fevereiro de 1910, aos 55 anos, em decorrência da pneumonia.

Seu corpo foi sepultado na Premià de Mar e exumado durante a Guerra Civil Espanhola, sendo considerado incorrupto.

Em 1937, seus restos mortais foram transferidos para Quito, onde seu túmulo se tornou um local de peregrinação popular e lá está desde então.

Dois milagres foram comprovados por meio de sua intercessão. O primeiro foi a cura instantânea da irmã Clementina Flores Cordero, em 1935, e o segundo foi também a cura de Beatrice Gómez de Núñez.

O Papa Paulo VI o beatificou em 30 de outubro de 1977 e o Papa João Paulo II o canonizou quase uma década depois, em 21 de outubro de 1984, como o primeiro santo equatoriano.

Oração do Santo Irmão Miguel Febres

“Ó Deus onipotente e eterno, que em São Miguel Febres Cordeiro, deste à tua Igreja um ilustre educador de crianças, concede-nos que, imitando a sua dedicação exemplar, saibamos acompanhar com bondade os jovens para os dirigir a ti.”

São Miguel Febres, rogai por nós!

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