Santa Inês foi castigada e humilhada por defender o seu comprometimento com Jesus Cristo
Bela, pura e comprometida com Jesus Cristo. Santa Inês foi perseguida por sua crença e também por recusar a se casar com um pretendente que não amava. Aos 13 anos, sofreu com humilhações e foi forçada a abandonar a sua fé, mas era tão piedosa que sempre perdoava àqueles que a faziam mal. É a padroeira da castidade, das moças virgens, dos noivos, das vítimas de violência sexual e também a protetora dos jardineiros.
Inês, também chamada de Agnes, nasceu no ano de 291 na cidade de Roma, na Itália. Seus pais eram descendentes da família Cláudia, que tinha muita importância no império e também eram considerados nobres e cristãos.
Desde sempre trazia consigo uma beleza incrível, encantando a todos os homens mesmo apesar da sua pouca idade.
Tinha a personalidade muito forte e ainda criança decidiu por conta própria consagrar a sua pureza para Deus.
Aos 13 anos de idade foi desejada e cobiçada por um jovem romano chamado Fúlvio, por sua vez filho do prefeito de Roma, Simprônio.
O rapaz chegou a pedir formalmente Inês em casamento para os seus pais, porém, não foi aceito por conta da consagração a Deus.
Naquele período, os cristãos sofriam com a perseguição por conta de sua fé que ia contra a religião romana. Muitos eram torturados, humilhados e até condenados a morte.
Fúlvio, ao ter o seu pedido de casamento negado por Inês, se enfureceu e a denunciou ao império de Roma.
A santa passou a ser perseguida pelo exército romano, até que ser presa e condenada a severos castigos.
Seus pais, apesar da importância que tinha por conta de sua linhagem familiar, não conseguiram salvar a filha da condenação.
Entre os castigos impostos à Santa Inês estava o de manter acessa uma chama no templo dedicado à deusa romana Vesta, protetora do lar e do fogo. Com isso, ela iria renunciar a sua fé e se casar com o filho do prefeito de Roma.
Inês, porém, não cumpriu a condenação e se revelou contra as autoridades, dizendo que não iria aceitar prestar honras a uma estátua e que o seu esposo era Jesus Cristo.
Em sua fala, Santa Inês ainda esbravejou que a fé não se mede pelos anos e sim pelas obras. “Deus mede a alma, não a idade. Quanto aos deuses, podem até ficar furiosos, que eu não os temo. Meu Deus é amor.”, retrucou.
Diante dos fatos, o prefeito Simprônio condenou Santa Inês a uma pena muito maior, mais dura e totalmente humilhante.
Ela foi obrigada a ser exposta nua em um prostíbulo do circo Agnolo, em Roma, para que todos os homens a vissem.
Ao ter as suas roupas retiradas no circo, Inês pediu proteção a Deus e uma luz celestial a protegeu, de forma que ninguém conseguiu se aproximar dela. Em seguida, seus cabelos cresceram rapidamente e encobriram todo o seu corpo.
Apesar disto, os homens ainda tentaram agarrar Inês. O primeiro destes ficou cego por causa da luz que a protegia.
Mas a piedosa Santa Inês, ao ver o homem cego, rezou, perdoou e o curou da cegueira.
Ao retomar sua visão, o homem passou a enxergar não mais uma jovem nua, mas uma filha de Deus da qual emanava o amor, que equilibra e coloca as paixões humanas em seu devido lugar.
Um segundo homem também partiu para cima da santa. Dessa vez, porém, um anjo do Senhor o matou.
Mas novamente Santa Inês sentiu a compaixão e orou pela ressuscitação do meliante, que também acabou se convertendo e aceitando Jesus Cristo.
Os milagres aconteceram em público, o próprio prefeito Simprônio estava no local e testemunhou o ocorrido, passando a sentir medo de Inês.
O vice-prefeito de Roma, chamada Aspásio, foi quem tomou conta do caso a partir do ocorrido no prostíbulo.
Considerado ainda mais cruel do que o titular do cargo, Aspásio mandou queimar Santa Inês viva, porém, as chamas não afetaram a jovem, queimando apenas os soldados que haviam ateado o fogo.
Ainda sem acreditar nos milagres que presenciava, Aspásio mantou acorrentar a santa e que fosse torturada em todas os instrumentos disponíveis.
Sem ser afetada, Santa Inês permaneceu intacta, professando a sua fé e sendo protegida por Deus dos castigos que lhe eram impostos.
Apesar de sempre sair ilesa, a série de agressões já estava esgotando a pequena santa. Por fim, Aspásio determinou que cortassem a cabeça da menina, que morreu. A execução foi registrada no dia 21 de janeiro de 304, aos 13 anos de idade.
Oito dias depois de sua morte, seus pais estavam rezando em seu túmulo quando Santa Inês apareceu para consolá-los.
Ela estava cercada por várias jovens virgens e anjos, segurando um cordeirinho e um lírio. Santa Inês relatou a sua felicidade e fez com que os seus pais permanecessem felizes e devotos até o dia de suas mortes.
Por conta desse registro, todos os anos os padres da Basílica de Santa Inês levam dois cordeiros para o Papa abençoar.
Os cordeiros são tosquiados e lã levada para fazer os pálios que são usados na liturgia pelos Arcebispos da Igreja Católica. O pálio é um símbolo que lhes confere o poder da jurisdição.
O corpo não foi preservado, porém, um crânio encontrado no tesouro de relíquias do Sancta Sanctorum da Basílica de Latrão, em Roma, passou por exames forenses e foi comprovado que se trata do crânio de uma menina de 13 anos, supostamente sendo essa a Santa Inês.
Hoje, o crânio de Santa Inês está na Igreja de Santa Inês, em Agonia (Sant’Agnese in Agone), localizada na Praça Navona, em Roma.
Oração a Santa Inês
Ó dulcíssimo Senhor Jesus Cristo, fonte de todas as virtudes, amigo das almas virginais, vencedor fortíssimo das ciladas dos poderosos, severíssimo extirpador de todos os vícios, lançai propício vosso olhar para a minha fraqueza, e pela intercessão de Vossa Santíssima Mãe, a Virgem Maria e de Santa Inês, concedei o auxilio de vossa divina graça.
Santa Inês, rogai por nós.