Editorial: Próximo prefeito(a) de Campo Grande precisa ter experiência para solucionar os problemas

Se você reside em Campo Grande, certamente tem, ao menos, uma situação que gostaria de colocar na pauta dos candidatos a prefeito no pleito de logo mais. Os problemas de uma cidade grande são vários e estão em todas as áreas, entretanto, saber quais são tais demandas não é o suficiente para quem almeja o posto em jogo neste ano, para se administrar uma capital de Estado é preciso também apresentar as soluções definitivas e, claro, como executá-las.

Ao longo dos próximos meses, você, leitor/eleitor, será sobrecarregado com vídeos, áudios e mensagens de várias pessoas que irão propor uma gama de alternativas para incontáveis situações. Em tempos de eleição, todos querem o mesmo: o seu voto! Para a sua decisão final, o conselho é sempre vistoriar o currículo, o histórico público, a experiência e a maneira como vai, de fato, alcançar as melhorias que está prometendo, já que quem vive de palavras é vendedor de livro.

Ao longo dos últimos 10 anos, a administração pública de Campo Grande passou por quatro gestões diferentes, sendo um período marcado por escândalos, denúncias, cassação, renúncia, greves e muitas obras públicas paradas, especialmente de construção e reforma de unidades de saúde, escolas e creches. O impacto deste atraso é visto hoje pela população, com a falta de vagas para a matrícula das crianças e a lotação de pacientes nos postos.

O próximo prefeito precisa ter experiência para gerir as situações de conflito, saber dialogar com os servidores, entender como a máquina pública funciona, bem como de onde buscar os recursos para a aplicação no desenvolvimento urbano e estar presente no dia a dia da sociedade para evitar o retrocesso. Hoje, Campo Grande precisa de uma gestão forte, que tenha o pulso filme na mesa de negociação com outros órgãos, como o próprio Governo Federal, e que saiba solucionar as demandas sem cair no sistema político.

Para quem mora nesta cidade há muitos anos é triste ver o atual cenário, com a maioria das portas do comércio central fechadas, com uma verdadeira epidemia de furto de fios, com pessoas em situação de rua tomando conta de lugares que deveriam ser seguros para às famílias, como praças e parques, e até mesmo das Unidades de Pronto Atendimento (UPA), cujos ambientes devem ser OBRIGATORIAMENTE limpos e higienizados. Já não bastam mais apenas ações de fiscalização, se faz necessário medidas mais eficazes.

A expectativa que temos para o próximo prefeito desta Capital é que coloque nos postos de saúde médicos especializados nas mais diversas áreas, acabando com o sobrecarregamento existente hoje do clínico geral, que em algumas UBSF chega até mesmo a desempenhar o papel de psicólogo dos pacientes. Que a nova administração também consiga recapear as ruas e avenidas que estão repletas de remendos, provocando prejuízos nos veículos, é urgente um serviço de recapeamento completo.

Após um longo ciclo, a Prefeitura de Campo Grande não pode mais ser ocupada por aventureiros. Você, leitor/eleitor, é o principal responsável por trazer a mudança que precisamos. Não se deixe cair na conversa de influencers, não seja um seguidor daquilo que não conhece, o voto verdadeiro e honesto é a única vitória que importa no jogo eleitoral.