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Até quando você espera para dizer o ‘eu te amo’ para alguém? Faça isso agora!

Quase todos nós já passamos pela conturbada experiência de não revelar os nossos verdadeiros sentimentos para a pessoa amada.

Na verdade, isso é uma autodefesa do nosso próprio corpo diante da insegurança da reação e da eventual consequência que a revelação daquele sentimento escondido provocará.

Ora, às vezes é melhor jamais dizer um ‘eu te amo’ e permanecer ao lado daquela pessoa amada como um grande amigo do que jogar tudo para o alto ao buscar por um compromisso mais sério, como um romance, por exemplo.

No entanto, tomar essa decisão também vai resultar em algo e isso vai atingir diretamente a você, uma vez que será obrigado a segurar o desejo da paixão e suportar a terrível dúvida no questionamento: ‘será que seu eu tivesse me declarado não teria dado certo?’.

Acontece que para nós, humanos, não expor o que sentimos é o mesmo que não estar sentindo. Você pode amar a sua mãe, por exemplo, mas jamais ter dito isso diretamente para ela, talvez por ter vergonha, pela falta de abertura ou simplesmente por nunca sentir essa necessidade.

Ao mesmo tempo, é preciso refletir na consequência que isso tem para a vida dela. Será que a sua mãe não precisa escutar de sua boca essas palavras para saber que você realmente a ama ou ela já produz esse reconhecimento apenas com a tua presença ali, sempre por perto e atendendo a todas as vontades dela?

A verdade é que temos receio de soltar tudo àquilo que sentimentos para as pessoas que amamos, seja um parente próximo ou um amigo fiel.

Vamos armazenando tudo dentro de nós, no coração ou no pensamento, e só decidimos esvaziar isso quando temos a certeza de que não haverá outra oportunidade ou quando algo de extraordinário acontece, como uma mudança de endereço ou o fim do vínculo.

Enquanto essas situações não acontecem, nós vamos estimulando as consequências em nossa mente, criando através da imaginação todas as forma de reações possíveis, da mais desejadas – que são aquelas com os finais felizes – até as mais triste – que estão ligadas a rejeição e o afastamento irreversível.

Guardar um sentimento conosco é algo extremamente complicado. De alguma maneira ou de outra você acaba soltando indiretas, tentando provocar na outra pessoa estímulos e brechas para entrar no assunto, como compartilhando músicas que falam de amor, poesias ou até mesmo perguntando se ele(a) está gostando de outra você.

Quando se gosta de alguém a gente acaba dando sinais, mas enquanto não temos a coragem para falar diretamente sobre isso ficamos na expectativa dessa outra pessoa tomar a iniciativa (que não temos) e faça acontecer.

É uma agonia, uma aflição, uma tortura. Você fica esperando por uma mensagem de texto, por uma ligação, por um convite para estar mais próximo e em um espaço que lhe permita a investida.

Mas mesmo quando tem todos esses fatores, ainda sim não consegue proferir aquelas três palavras mágicas: ‘eu te amo’.

E sempre que se vê forçado a segurar essa exposição de sentimentos acaba caindo em um desânimo, no lamento e em falsas desculpas criadas pelo seu próprio cérebro. E nisso o tempo vai passando até que um dia tudo acaba.

Nós precisamos aprender a confessar os nossos sentimentos reais para evitar que carreguemos pelo resto de nossas vidas a dúvida da incerteza, bem como a falta de segurança e de autoconfiança que isso traz.

Como cita aquela música da banda de rock CPM 22, ‘Antes que seja tarde’, a história não pode acabar sem antes dizer o que sentimos pelo outro. E o mesmo vale para nossos parentes, como a mãe ou  o pai, não podemos esperar pelo fim de suas vidas para dizer o quanto os amamos.

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