O amor não é abusivo
Com a pandemia, estamos todos em um momento de ansiedade, confusão e incertezas. Mas já parou parar pensar nas mulheres que já eram vítimas de violência doméstica e nas que se tornaram vítimas?
A violência doméstica aumentou consideravelmente com a imposição do isolamento social. Mulheres que trabalhavam fora ou seu marido trabalhava fora e tinham um bom tempo longe do seu agressor, agora estão 24h por dia confinadas com o perigo.
Acrescido à isso, está o clima que a pandemia traz, as incertezas em relação à doença, o medo, a insegurança financeira, a falta de emprego ou dinheiro gera tensões ainda maiores.
De forma invisível, a violência doméstica ataca diariamente, existindo poucos casos denunciados, perto do que é realidade. E mesmo sendo poucos informados, vemos os casos só aumentando neste momento. Agora imaginem o número de mulheres que passam por isso diariamente e não conseguem denunciar, se calam, e assim vão à míngua de sua vida.
Com o aumento da tensão, a agressividade também aumentou, e o convívio integral torna o ambiente propício para a violência. Por isso é que pedimos para que você esteja alerta para seus familiares, suas vizinhas. Se souber de alguma agressão, ou se ouvir gritos, choro, briga, ligue e denuncie. Se tem alguma desconfiança, entre em contato com essa pessoa, se ofereça a ajudar. Se você tem um negócio, crie uma senha (uma palavra específica) para que mulheres que cheguem possam ter a possibilidade de serem protegidas e denunciar a agressão.
Agora as vítimas estão mais afastadas do seu círculo social, de sua família, por isso, estar atento e disponível é essencial para salvar uma vida. Além disso, é imprescindível que o governo tenha os serviços de proteção à mulher como essenciais, e impedir a interrupção desse atendimento, que deve estar disponível todos os dias, 24h, pois a violência não tem hora.