Homem estupra enteada, de 13 anos, se arrepende e pede perdão um ano depois em ritual de ayahuasca
A Polícia Civil está apurando um caso de estupro de vulnerável ocorrido em Campo Grande em 2021 e que foi praticado pelo padrasto da vítima, que tem apenas 13 anos.
Conforme o registro da ocorrência, feito na terça-feira (10) pelo pai da menina em uma delegacia de Camapuã, a filha contou o ocorrido e detalhou que foi levada pelo sujeito para participar de um ritual, onde há um espaço conhecido como ‘Sala da Justiça’ e o abusador teria pedido perdão para a adolescente pelo estupro.
No registro, o pai da menina relatou que foi um tio dela quem percebeu a mudança no comportamento da vítima, ao fazer o questionamento dos fatos, ela confessou que tinha sido estuprada pelo atual namorado de sua mãe há cerca de um ano.
A adolescente mora com a mãe em Campo Grande e estava passando uma temporada das férias de Ano Novo na casa do pai, em Camapuã.
Ao tomar ciência dos fatos, o pai entrou em contato com a ex-esposa para questionar se ela tinha o conhecimento. A mulher negou, porém, no último domingo (08) mudou a versão e afirmou saber de tudo e que não procurou a polícia por ter medo do namorado.
Entenda os fatos
Segundo a adolescente, os estupros aconteceram há cerca de um ano, sendo que o primeiro foi dois dias depois do seu aniversário, no dia 23 de abril de 2021.
O padrasto aproveitou o momento em que ficou sozinho com ela em casa e a convidou para assistir filmes pornográficos em seu celular, depois disso, foram para o quarto onde tiveram relação sexual.
O enredo se repetiu outras vezes. Segundo a adolescente, o padrasto usava drogas e sempre falava para ela não gritar, já que os vizinhos poderiam ouvir e chamar a polícia.
Somente um ano depois ela contou para a mãe sobre o ocorrido. O padrasto também confessou que tinha estuprado a enteada e pediu desculpas, alegando que agiu sob o efeito de drogas. O caso não foi registrado na polícia e ficou entre eles.
Dias depois da conversa familiar, o sujeito levou a adolecente para um ritual em uma chácara onde os presentes tomam o chá de ayahuasca. A planta é conhecida por provocar alterações comportamentais.
Na chácara, há um espaço chamado “sala da justiça”, onde as pessoas que tiveram problemas entre si os resolvem. O homem então levou a vítima e pediu desculpas pelo abuso, afirmando que estava arrependido e que a considerava como uma filha.
O registro do boletim de ocorrência foi feito na delegacia de Camapuã, mas como o crime ocorreu em Campo Grande será investigado pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).