Ex-prefeito Marquinhos Trad é réu por assédio sexual contra mulheres
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS recebeu a denúncia contra o ex-prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), por prática de assédio sexual. A decisão data do último dia antes do recesso de fim de ano da justiça, sendo que o político ainda não foi formalmente citado e tem até o dia 20 de janeiro para apresentar a sua defesa.
A advogada de defesa de Marcos Trad, Rejane Arruda, disse à imprensa nesta segunda-feira (09) que vai esperar pela citação para entrar com os recursos possíveis. “Iremos mostrar que a realidade ‘pintada’ não corresponde ao que efetivamente aconteceu”, disse ela.
A denúncia em desfavor do ex-prefeito é do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que o acusa de cometer crimes sexuais contra sete mulheres enquanto era o chefe do Executivo Municipal de Campo Grande, oferecendo emprego por meio de cargos comissionados em troca de sexo, conforme consta no processo, que tramita em sigilo na 3ª Vara Criminal de Campo Grande.
A juíza responsável Eucélia Moreira Cassal também deferiu o pedido para que o celular e os dados da conta do Instagram do ex-prefeito sejam entregues para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), responsável pela investigação. Se a entrega não for feita após citação, Marcos Trad pode ser alvo de mandado de busca e apreensão. As autoridades terão 30 dias para extrair os dados.
Marquinhos Trad renunciou ao cargo de prefeito da Capital em abril de 2022 para poder disputar o cargo de governador de Mato Grosso do Sul nas eleições do mesmo ano. Durante a campanha, surgiram denuncias via imprensa de que o ex-gestor ofertou emprego públicos para mulheres em troca de sexo, que chegaram a acontecer dentro do seu gabinete na Prefeitura Municipal, segundo a investigação.
Na época em que os fatos vieram à tona, Marquinhos Trad declarou que tudo era uma grande armação politica para derrubar a sua candidatura. Apesar das investigações, ele não abriu mão da disputa eleitoral, porém, saiu derrotado ainda no primeiro turno, quando ficou como o sexto candidato mais votado, sendo a sua pior eleição da vida. Desde então, Marquinhos deixou a vida pública em segundo plano e se afastou da mídia, já prevendo o desfecho da investigação em seu desfavor.