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Confira a lista dos artistas, políticos e personalidades sul-mato-grossenses que faleceram em 2022

De ídolos eternos à promessas, de doenças à acidentes inesperados. O ano de 2022 foi de perdas marcantes para a cultura sul-mato-grossense.

Nos despedimos da Dama do Rasqueado, Delinha, conhecida por ter feito dupla musical com o ex-marido Délio; do músico Chico Lacerda, um dos fundadores do grupo ACABA, do sertanejo Aleksandro, da dupla com Conrado; e também do ator e humorista Sargento Pincel; entre outras personalidades politicas e culturais.

Veja as personalidades que nos deixaram no decorrer do ano de 2022:

Delinha

Delinha — Foto: Arquivo pessoal Delinha
Delinha — Foto: Arquivo pessoal Delinha

Delanira Pereira Gonçalves, ou apenas Delinha, morreu em sua própria casa, em Campo Grande, no dia 16 de junho de 2022, aos 85 anos. A cantora teve insuficiência respiratória e faleceu dormindo.

Dias antes, Delinha esteve internada por conta de uma doença pulmonar crônica. Ela foi homenageada em um dos capítulos da novela ‘Pantanal’, quando os atores na roda de viola tocaram uma de suas canções.

Delinha chegou em Campo Grande quando ainda tinha 8 anos. Veio junto dos pais e se mudou para uma casa de madeira, no bairro Amambaí, mesmo local onde morreu.

Entre os títulos, a cantora carregava vários: a de “dama do rasqueado”; “rainha do sertanejo”; e embaixadora da cultura de Mato Grosso do Sul.

Em mais de 60 anos de dedicação a música, Delinha gravou 19 álbuns e 2 DVDs. A discografia conta com 39 discos, entre LP’s e CD’s. Conforme os dados, esta é a maior discografia registrada no estado.

Aleksandro

Aleksandro morreu em acidente no sábado — Foto: Reprodução redes sociais
Aleksandro morreu em acidente no sábado — Foto: Reprodução redes sociais

O cantor Aleksandro, conhecido pela dupla com Conrado, morreu em um grave acidente de ônibus no dia 7 de maio. O veículo em que a dupla e equipe estavam tombou na rodovia Régis Bittencout, na altura de Miracatu, no interior de São Paulo, a caminho de um show na cidade de São Pedro (SP).

Luiz Aleksandro Talhari Correia tinha 34 anos e nasceu em Dourados, onde também iniciou a carreira musical ao lado de Conrado Bueno, o Conrado, em 2003. Porém, a dupla acabou em 2019.

Com a saída do Conrado original, o cantor João Vitor Soares assumiu a dupla e adotou o nome para manter a marca. Com a nova formação, a dupla atingiu mais de 1 milhão de visualizações no YouTube. com o sucesso “Tereré e Narguilé”. O projeto ainda conta com outras músicas inéditas e inclui regravações, como “Vidas Divididas” e “Põe no 120”

Chico Lacerda

Chico de Lacerda tratava de Alzheimer em um hospital da capital. — Foto: Reprodução
Chico de Lacerda tratava de Alzheimer em um hospital da capital. — Foto: Reprodução

O musicista Chico Lacerda morreu aos 76 anos, em Campo Grande, no dia 18 de outubro. Ele foi diagnosticado com Demência Vascular e Parkinson. O artista estava internado no hospital da Unimed.

Nascido em Corumbá, Chico, junto do irmão Moacir Lacerda, criaram a Associação dos Compositores Autônomos do Bairro Amambaí (ACABA). protetores do Pantanal.

Em suas composições, tratavam da fauna, flora, cultura indígena, o folclore pantaneiro e comportamentos típicos da região, sempre evocando a preservação ambiental e a inserção social de quem nela vive.

Pedro Spindola

Pedro Spíndola mostra pasta com projetos sobre Manoel de Barros que, por falta de apoio, não saíram do papel — Foto: Anderson Viegas/G1 MS
Pedro Spíndola mostra pasta com projetos sobre Manoel de Barros que, por falta de apoio, não saíram do papel — Foto: Anderson Viegas/G1 MS

O escritor e jornalista Pedro Spindola faleceu aos 75 anos, no dia 9 de dezembro, em Campo Grande, em decorrência de pneumonia e leucemia.

Escritor, jornalista e técnico agrícola, Pedro foi diretor da Secretaria de Cultura de Mato Grosso do Sul e um dos melhores amigos do poeta Manoel de Barros.

A amizade de mais de 32 anos resultou na publicação em 2006 do livro “Celebração das Coisas” que faz um “apanhado” sobre a figura do poeta.

Pedro ajudou a transformar a residência do amigo poeta, morto em 2014, em um espaço de memória e cultura, que recebeu o nome de Casa-Quintal Manoel de Barros.

Sargento Pincel

O ator Roberto Guilherme, famoso pelo papel de Sargento Pincel — Foto: Divulgação/TV Globo
O ator Roberto Guilherme, famoso pelo papel de Sargento Pincel — Foto: Divulgação/TV Globo

O ator e humorista Roberto Guilherme, conhecido pelo personagem Sargento Pincel que fez parte do elenco dos Trapalhões. morreu no dia 10 de novembro, no Rio de Janeiro, aos 84 anos. Ele fazia tratamento contra um câncer e estava internado em um hospital do Rio.

O Sargento Pincel contracenava com o Soldado 49, interpretado por Renato Aragão. A careca, que virou sua marca registrada, surgiu no programa, com o ator tendo os cabelos raspados em uma esquete humorística.

De nome Edward Guilherme Nunes da Silva, nasceu em Ladário no dia 25 de agosto de 1938. Ainda criança se mudou para Natal (RN) e, depois, para o Rio de Janeiro. Aos 14, passou a jogar futebol profissionalmente, como ponta-esquerda, no Vasco da Gama.

No tempo em que esteve no Exército, escreveu uma peça de teatro, na qual também atuou e chamou a atenção de diretores, que o chamaram para trabalhar na TV Rio. Depois disso, foi para a TV Excelcior, onde conheceu Renato Aragão.

Em 1966, interpretou pela primeira vez seu célebre personagem, o mal-humorado Sargento Pincel, no programa O Quartel do Barulho, na RecordTV. A partir daí, atuou ao lado de Aragão e Dedé Santana em diversos programas, filmes e especiais.

Francisco Fausto Matto Grosso

Ex-vereador Fausto Matto Grosso — Foto: Redes Sociais/ Reprodução
Ex-vereador Fausto Matto Grosso — Foto: Redes Sociais/ Reprodução

O ex-vereador e ex-secretário Francisco Fausto Matto Grosso morreu no dia 1º de junho, aos 73 anos. A causa da morte não foi divulgada pela família.

Fausto foi vereador de Campo Grande entre 1983 e 1988, também foi Secretário de Planejamento e de Ciência e Tecnologia em Mato Grosso do Sul e consultor na área de planejamento e gestão estratégica pública.

Natural de Ponta Grossa (PR), Fausto foi engenheiro civil e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Paulo Correa da Costa

Foto: Reprodução

O ex-secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Paulo Correa da Costa, morreu aos 77 anos, em Campo Grande.

Paulo foi secretário de 14 de março de 1984 a 20 de março de 1985, na gestão do ex- governador Wilson Barbosa Martins.

Depois foi substituído por Jorge João Chacha, na gestão de Ramez Tebet.

Leocádia Aglaé Petry Leme

Foto: Reprodução

A ex-secretária de Educação do Estado, Leocádia Aglaé Petry Leme, morreu aos 73 anos, após ser atropelada por uma moto na rua 25 de Dezembro, região central de Campo Grande.

Leocádia chegou a ser socorrida e levada para a Santa Casa de Campo Grande, porém, sofreu uma parada cardiorespiratória e faleceu hora depois.Leocádia foi secretária de Educação do Estado, entre 1991 a 1994, durante o governo de Pedro Pedrossian.

Além disso, também foi uma das fundadoras do Partido Democrático Trabalhista (PDT-MS), ex-reitora da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e da Universidade Anhanguera-Uniderp.

Oswaldo Possari

Foto: Reprodução
Ex-vice-prefeito de Campo Grande, Oswaldo Possari, morreu aos 75 anos de idade. A causa da morte não foi confirmada.Possari foi vice-prefeito nas duas gestões do então prefeito André Puccinelli, do MDB, de 1997 a 2004.

Depois disso, ele retirou-se da política e voltou a tocar os negócios da família. Puccinelli seguiu e virou governador.

O vice-prefeito foi homenageado, em 2012, com a Comenda do Mérito do Trabalho Ministro Wilson Fadul, em evento promovido pela Assembleia Legislativa.

Amambai

Foto: Redes Sociais/Reprodução
O cantor Amambai morreu aos 82 anos, no dia 04 de maio, A causa da morte não foi informada.Amambai nasceu na cidade de Bela Vista, em 1940, e fez sucesso ao lado da dupla com Amambaí, morto em 2018, ao longo das décadas de 1970 e 80.

Com o nome de Ermídio Umar, o artista iniciou a sua carreira com a dupla Campanha e Corumbá, em 1947, ainda aos 10 anos de idade.

Na década de 60 formou a dupla que virou um dos ícones da música sertaneja e do chamamé no Estado: Amambai e Amambaí. Eles se conheceram em uma festa de casamento.

O primeiro chamamé em castelhano gravado no Brasil foi pela dupla Amambay e Amambaí, que tem mais de 15 discos gravados.

Gilmar Calonga

Gilmar Calonga foi vítima de infarto – Foto:Divulgação

O ex-técnico de futebol, Gilmar Calonga, morreu aos 54 anos após uma partida de futevôlei, em Campo Grande, no dia 07 de dezembro. Ele sofreu um infarto e não resistiu.

Calonga foi campeão Sul-Mato-Grossense com o Comercial, em 2015. Ele também foi gestor de elenco e atuou pelo Operário e Comercial entre a década de 90 e início dos anos 2000.Natural de Aquidauana, Gilmar Calonga estreou como treinador em 2014 no Costa Rica, chegando às quartas de final do Estadual.

Em 2015, assumiu o Comercial na sexta rodada do Campeonato Estadual e se sagrou campeão. Ele treinou o Operário e Corumbaense e retornou ao Costa Rica, depois se aposentou e desde então era gerente do Parque Ayrton Senna.

Gevaerd

Gevard fundou a revista UFO na segunda metade dos anos 1980, em Campo Grande (MS) – Reprodução

O editor da revista UFO, Ademar José Gevaerd, o Gevaerd, morreu em Curitiba (PR) aos 60 anos de idade.

Ele tinha sofrido um acidente, em casa, no dia 30 de novembro, e desde de então estava internado em estado tido pelos médicos como gravíssimo.Gevard fundou a revista na segunda metade dos anos 1980, em Campo Grande, onde morava e era professor de Química. Ele mudou-se para Curitiba em 2008.

As primeiras edições da revista foram produzidas na então gráfica Brasília, em Campo Grande. Suas publicações atraíram a atenção de ufólogos espalhados pelo mundo todo.

Maria Aparecida Pedrossian

Maria Aparecida Pedrossian faleceu nesta sexta-feira – Reprodução

A ex-primeira-dama de Mato Grosso do Sul, Maria Aparecida Pedrossian, morreu aos 88 anos, em Campo Grande. Ela estava internada, após sofrer um infarto.

A ex-primeira dama foi homenageada ao dar nome ao bairro e ao Hospital Universitário, que se chamam Maria Aparecida Pedrossian.Ela foi a esposa do ex-governador de Mato Grosso do Sul, Pedro Pedrossian, que morreu em 2017, aos 89 anos.

Como primeira-dama do Estado, atuou no desenvolvimento de programas sociais, como o Programa Panelão, que fornecia alimentos para famílias carentes. Entre os netos deixados por ela está o deputado estadua eleito Pedro Pedrossian.

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