Reunião é agendada e greve dos motoristas de ônibus é suspensa em Campo Grande
A paralisação dos motoristas do transporte público de Campo Grande prevista para acontecer a partir desta terça-feira (27) foi suspensa pelo STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande). Isso porque o Consórcio Guaicurus, coletivo de empresas de viação que administra o sistema de transporte público da Capital, agendou para às 10 horas do mesmo dia uma nova reunião para debater o reajuste salarial da categoria.
Apesar disso, de acordo com o presidente do Sindicato, Demétrio Freitas, não está descartada uma greve no decorrer dos próximos dias. Ele diz que o Consórcio não estava mais negociando com os motoristas, mesmo a data base para o reajuste anual ter sido ultrapassada há um mês. “Por conta disso, decidimos paralisar todos os ônibus, fechando as garagens, até fosse retomada as negociações”, explicou, por telefone.
O Sindicato havia estipulado o prazo para até às 17 horas desta segunda-feira para a manifestação do Consórcio Guaicurus para uma nova rodada de negociação, caso isso não acontecesse, os motoristas iriam deflagrar greve na primeira hora de terça-feira. A expectativa agora é receber uma nova proposta que agrade a categoria, que pede aumento salarial de 16%, além da renovação de todas os benefícios socais, como plano de saúde, vale alimentação, entre outros. “Se não formos atendidos estamos dispostos a parar”, complementou o sindicalista.
O Consórcio Guaicurus, por sua vez, pede que o novo valor do passe de ônibus seja de pelo menos R$ 8,00 considerando diversos fatores, como a alta do combustível, o INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor e, também, a folha de pagamento.
A Agência Municipal de Regulação (Agereg) é o órgão responsável por analisar e decidir sobre o aumento da tarifa. A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota) ainda não sinalizou sobre o eventual novo valor da tarifa.
Sobre a possiblidade da grave, o Consórcio Guaicurus disse, em nota à imprensa na semana passada, que já enfrenta dificuldade financeira para pagar os atuais valores e que “não possui a menor condição de firmar compromisso futuro diante do risco de o mesmo não vir a ser cumprido”. Em outro trecho, reforça a necessidade do aumento no valor do passe para o reajuste e que o seu departamento jurídico estuda as medidas que poderão ser adotadas diante da greve.