Professores e prefeita debaterão novo acordo pelo fim da greve na quarta-feira
Os professores irão sentar na mesa com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), na quarta-feira (14) para tentar um novo acordo quanto ao cumprimento da Lei Municipal n. 6.796/2022, que determina o pagamento em novembro de 10,39% de reajuste salarial.
Até lá, as aulas seguirão normal nas escolas públicas da Rede Municipal de Ensino (REME), mas na quinta-feira (15) haverá uma nova paralisação para a realização de um mais uma assembleia geral da categoria, onde será debatido e votado pela aceitação, ou não, da eventual nova proposta que a prefeita encaminhará.
Esse encontro entre Executivo Municipal e o Sindicado Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP) deveria ter acontecido na sexta-feira (09), entretanto, a prefeita recusou receber a comissão representativa alegando que só faria diante da nova diretoria da entidade, que terá como presidente o professor Gilvano Kunzler Bronzoni.
A greve
A greve foi aprovada pela categoria no dia 29 de novembro, após terem rejeitada a proposta da prefeita de um reajuste salarial na ordem de 4.78% mais auxílio-alimentação de R$ 400. Os professores querem que sejam pagos os 10.39% acordados ainda no início do ano, quando o prefeito da Capital era Marquinhos Trad.
A ação durou poucos dias, sendo suspensa por uma decisão judicial na terça-feira (06). O desembargador do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Sérgio Fernandes Martins, determinou o fim imediato da paralisação e estabeleceu multa diária no valor de R$ 50 mil caso não seja cumprida a ordem.
O responsável atendeu ao argumento da Prefeitura, alegando que o Sindicato não especificou o percentual de servidores que estarão em atividade durante a greve, ferindo a lei que dispõe sobre a continuidade de serviços indispensável.
Na quinta-feira (08), os professores estiveram reunidos com o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Carlão (PSB), que assegurou que iria atuar pela negociação entre as partes. Na oportunidade, o parlamentar garantiu aos presentes na sessão ordinária que a Casa de Leis não iria votar nenhum projeto do Executivo enquanto não houvesse o diálogo.