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Prefeita diz que só negociará com professores quando a nova diretoria do sindicato tomar posse

A reunião aguardada para esta sexta-feira (09) entre a prefeita Adriane Lopes (Patriota) e o Sindicado Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP) não aconteceu e só deve vir a acontecer na próxima semana, quando será empossada a nova diretoria da entidade representativa dos professores da Rede Municipal de Ensino (REME).

A informação partiu da própria chefa do Executivo Municipal, em entrevista para jornalistas que acompanhavam a solenidade de encerramento do curso de formação dos novos guardas civis metropolitanos no Parque Ayrton Senna. A ACP agendou para a quinta-feira (15) a solenidade que vai empossar a sua nova diretoria, que terá como presidente o professor Gilvano Kunzler Bronzoni.

Impossibilitada de continuar a greve, já que a Justiça estabeleceu multa diária de R$ 50 mil ao Sindicato por dias parados, os educadores irão retornar às aulas já neste sábado (10) com o primeiro dia da reposição. Entretanto, uma nova assembleia está marcada para a segunda-feira (12) para debater os próximos passos da ação.

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) divulgou um calendário completo de reposição das aulas, entretanto, o ACP sustenta que não foram consultados sobre isso e que o cronograma não tem o aval dos professores. Apesar desta briga, várias escolas públicas têm usado as redes sociais para informar aos alunos e responsáveis sobre os dias de aulas normal.

Aa greve foi aprovada pela categoria no dia 29 de novembro, após terem rejeitada a proposta da prefeita de um reajuste salarial na ordem de 4.78% mais auxílio-alimentação de R$ 400. Os professores querem que sejam pagos os 10.39% acordados ainda no início do ano, quando o prefeito da Capital era Marqunhos Trad.

A greve durou poucos dias, sendo suspensa por uma decisão judicial na terça-feira (06). O desembargador do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Sérgio Fernandes Martins, determinou o fim imediato da paralisação e estabeleceu multa diária no valor de R$ 50 mil caso não seja cumprida a ordem. O responsável atendeu ao argumento da Prefeitura, alegando que o Sindicato não especificou o percentual de servidores que estarão em atividade durante a greve, ferindo a lei que dispõe sobre a continuidade de serviços indispensável.

Na quinta-feira (08), os professores estiveram reunidos com o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Carlão (PSB), que assegurou que iria atuar pela negociação entre as partes. Na oportunidade, o parlamentar garantiu aos presentes na sessão ordinária que a Casa de Leis não iria votar nenhum projeto do Executivo enquanto não houvesse o diálogo.

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