Dia Mundial de Combate à Aids abre ações e reforça importância da prevenção e diagnóstico precoce
Nesta quinta-feira, dia 1º de dezembro, é lembrado o Dia Mundial de Combate à Aids celebrado anualmente no Brasil desde 1988. A data marca o início de programação da Campanha de Prevenção ao HIV/Aids organizada pelo Serviço de IST/AIDS Hepatites Virais da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), tendo como foco a importância da prevenção e do diagnóstico do HIV. A temática deste ano é “Vencendo o Preconceito I=I”.
O intuito da campanha é sensibilizar a população sexualmente ativa, sobretudo a população jovem na faixa etária entre 15 e 49 anos para uso do preservativo, sendo esse o principal método e o mais eficaz para prevenir o aumento de novas infecções, além de ações de testagem, pré e pós aconselhamento e distribuição de material informativo. Além disso, pretende-se divulgar a resolução nº 614 de 07 de julho de 2021 que trata do compartilhamento do cuidado da pessoa vivendo com HIV (PVHIV) na Atenção Primária à Saúde (APS).
A estimativa é alcançar um público de 3 mil pessoas durante o mês de dezembro, a partir de um cronograma de atividades como a realização de testes rápidos de HIV/AIDS, distribuição de materiais informativos e insumos para a população em geral com continuidade das atividades de testagem rápidas nas unidades básicas e de saúde da família mesmo após o término da campanha.
Programação
A abertura da campanha Dezembro Vermelho aconteceu ontem (30) na UBS Caiçara com roda de conversa com profissionais de saúde e população do território. Nesta quinta-feira (01), ocorre a divulgação sobre a PrEP na UBS 26 de Agosto.
A programação segue com ações extramuro a serem realizadas nos dias 03, 04, 10, 11 e 17 no Centro Comercial Popular (Camelódromo), região central de Campo Grande, com a oferta de testes rápidos de HIV, HCV, HBV e Sífilis.
Nos dias 06 e 07 de dezembro, Campo Grande irá sediar o 1º Seminário de Integração da Rede do Cuidado da PVHA em Mato Grosso do Sul no auditório do LAC, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O evento deve contar com a participação de profissionais dos diversos setores da Sesau e de instituições parceiras.
Casos
No município, há o registro de pelo menos 5.852 pessoas convivendo com HIV/Aids, sendo que, deste total, 280 tiveram diagnóstico de HIV em 2020, e 108 com Aids, que é quando o não tratamento da pessoa evolui para o adoecimento dela.
No ano seguinte foram 309 diagnósticos de HIV e 159 de Aids, já neste ano, até o dia 23 de novembro, 198 pessoas receberam o diagnóstico de HIV e 110 de Aids.
Os diagnósticos de Aids não estão diretamente relacionados com os de HIV, uma vez que a pessoa pode já ter conhecimento de que convive com o vírus, mas não está adoecida e não faz o tratamento e, tempos depois, descobre que possui a síndrome também.
Outro dado preocupante é o número de abandonos de tratamento, que é quando a pessoa fica mais de 100 dias sem retirar a medicação. No ano de 2021 eram 663 pessoas que deixaram de fazer tratamento, neste ano são 722 até o momento.
Reforçamos aqui, também, que não são casos novos e, muito menos, a diferença entre os dados dos dois anos resulta no número de novos abandonos, uma vez que o paciente que deixou o tratamento pode retornar a qualquer momento, sendo excluído da lista, assim.
Em Campo Grande qualquer unidade básica pode realizar atendimento da Pessoa Vivendo com HIV/Aids (PVHA) desde que apresente os seguintes critérios: Diagnóstico novo de HIV; Contagem de linfócitos T CD4 + ACIMA de 350 cel/mm³; Ausência de comorbidades associadas à imunodeficiência.
Para o cuidado das pessoas com Aids Avançada, estes devem ser acompanhados nos Serviços de Especialidade (CEDIP-Nova Bahia, HUMAP-Hospital Dia Esterina Corsini e Centro de Testagem e Aconselhamento).