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Sem acordo, professores da Capital anunciam greve geral a partir da sexta-feira

Sem conseguir um acordo com a Prefeitura de Campo Grande, os professores da Rede Municipal de Ensino (REME) anunciaram nesta terça-feira (29) que entrarão em greve por termpo indeterminado a partir da sexta-feira (02). A categoria cobra do Município o cumprimento da Lei Municipal 6.796/22, que prevê o pagamento de 10,39% de reajuste no mês de novembro aos professores, conforme acordado no início do ano.

Entretanto, a prefeita Adriana Lopes (Patriota), que assumiu o cargo em abril deste ano após a renúncia de Marquinhos Trad para concorrer ao Governo do Estado no pleito passado, alega ser inviável atender ao pedido por conta da Lei de Responsábilidade Fiscal Diante da falta do acordo, os professores, através do ACP (Sindicato Campo-grandense dos profissionais da Educação), votaram pelo início da grave em assembleia geral.

Para tentar impedir a greve, a prefeita propôs um novo reajuste, porém, menor do que o acertado através da lei, na ordem de 4,98%. Ela também ofereceu um auxílio-alimentação de R$ 400 para 40h, a partir de dezembro. Mas a categoria recusou a oferta.

O presidente da ACP, Lucílio Nobre, lembrou que os professores aguardam desde 2014 pelo cumprimento da Lei nº 6.796, que estabelece o piso de 20 horas. “Uma lei está sendo descumprida e os professores têm o direito de se manifestar”, disse, acrescentando que todos têm o conhecimento de que isso irá atrapalhar a entrega das notas finais do ano letivo, mas que as aulas serão repostas futuramente.

De acordo com o Sindicado, o último dia de aula normal será nesta quarta-feira (30), já que na quinta (1º) é dia de Conselho de Classe e não teria aula de qualquer forma.

Na semana passada, os professores aprovaram o indicativo da greve a partir de 1º de dezembro, mas devido a exigência de comunicado com 72 horas de antecedência, a greve só devem começar na sexta-feira, quando as aulas já seriam afetadas por conta do jogo da Seleção Brasileira na Copa do Mundo.

O Sindicato também apresentou um calendário de ações, sendo que às 7h30 do dia 2 de dezembro os educadores irão se concentrar na sede da ACP, de onde sairão para uma passeata até o centro. Também será feita uma panfletagem explicando sobre a greve.

No dia 5 de dezembro terá outra panfletagem no centro, com encerramento no pátio da prefeitura. No dia 6 acontece um ato na Câmara Municipal, com o uso da palavra. E no dia 7 será erguido um acampamento em frente a prefeitura. No dia 9 de dezembro, nova assembleia na ACP para avaliar o andamento da greve.

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