Policial

Pedreiro que matou a esposa na frente dos filhos é condenado a 26 anos de prisão

O homem que matou a própria esposa sob a justificativa de acreditar que a mesma o estava traído amorosamente com outra pessoa teve o seu futuro penal decidido nesta quarta-feira (16). Em julgamento na 2ª Vara do Tribunal do Júri, o pedreito Fabiano Querino dos Santos foi condenado a 26 anos e cinco meses de prisão pela morte de Eloísa Rodrigues de Oliveira, de 36 anos.

Em sua fala, o réu sustentou que a vítima tinha armado um emboscada contra ele, também afirmou que os dois não estavam mais morando juntos, inclusive, ele residia em Ribas do Rio Pardo. Ainda segundo a sua versão, naquele dia, recebeu ligações de Eloísa dizendo que o filho estava doente e ela precisava de ajuda.

Quando chegou na cidade descobriu que o filho não estava doente e, ao procurar pela ex-esposa na casa dela, acabou sendo alvo de tiros de arma de fogo disparados por um cara que estava com ela. “Ele deu vários tiros para cima, para me assustar”, detalhou, acrescentando que ficou nervoso com a situação e foi atrás do atirador.

Em seguida, Fabiano discutiu com a ex-esposa, momento em que pegou uma faca na gaveta e deu um único golpe contra ela. Depois disto, deixou a arma e saiu, tranquilamente, se escondendo em um matagal até que no dia seguinte pegou uma van e foi para Ribas do Rio Pardo.

Fabiano foi condenado por feminicídio por motivo torpe com recurso que dificultou a defesa da vítima com pena de 26 anos e 5 meses de prisão.

O crime

O crime aconteceu no dia 16 de março deste ano, na casa da família, situada na Rua Manoel Marcelino Rodrigues, bairro Parque do Lageado, em Campo Grande. Na ocasião, a mulher foi morta a facadas na frente dos três filhos, e foi um deles, de 5 anos, quem saiu na rua pedindo socorro em prol da mãe.

Quando a primeira vizinha chegou ao local encontrou a vítima caída na calçada. Ela ainda tentou estancar os ferimentos até que uma viatura de resgate a levou para a Santa Casa, porém, a mulher não resistiu e morreu no dia seguinte.

O pedreiro foi preso três dias depois em Ribas do Rio Pardo e disse, em depoimento, que preferiu matar do que bater, que a mulher havia dado todos os motivos para ser assassinada e ainda que agiu por ciúmes, desconfiado de traição.

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