Consórcio Way Brasil adquire mais três rodovias em MS
Já dono da rodovia estadual MS-306, no norte de Mato Grosso do Sul, o Consórcio Way Brasil agora será o proprietário também da MS-112 e de trechos das federais BRs-158 e 436, ambas situadas na região do grande Bolsão. A aquisição, por assim dizer, aconteceu nesta quinta-feira (10), na sede da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), durante mais um leilão de concessão de rodovias promovido pelo Governo do Estado.
Com a proposta de outorga de R$ 151 milhões, vinculados ao Fundersul (Fundo de Desenvolvimento dos Sistema Rodoviários de MS), o Way Brasil foi declarado vencedor da licitação e poderá explorar mais de 412 km de estradas, promovendo mais de R$ 3,5 bilhões em investimentos ao longo dos próximos 30 anos.
Conforme prevê o contrato, o consórcio deverá promover melhorias nos trechos da MS-112 e das BRs 158 e 436, como a construção de acostamentos, terceiras vias, acessos, alargamento de pontes, postos policiais e de fiscalização fazendárias, socorros mecânicos e de saúde, entre outros.
Confira as principais obras que deverão ser realizadas pelo consórcio nas rodovias:
Ø MS-112
- Implantação de 361,79 km de acostamento (7º ao 10º ano);
- Construção de 5,41 km de terceira faixa (20º ano);
- Implantação de 21 dispositivos de retornos (7º ao 10º ano);
- Alargamento de 3 pontes (7º ao 10º ano);
- Implantação de 01 Posto da PMRv (1º ano);
- Implantação das Praças de Pedágio PP3 e PP5 (1º ano);
- Implantação de 2 PPM (5º ano);
- Implantação de 3 SAU (1º ano);
- Implantação de 1.526 m do contorno de São Pedro (5º ano).
Ø BR-158
- Implantação de 7,29 km de acostamento (2º ao 5º ano);
- Construção de 35,37 km de terceira faixa (3º ao 24º ano);
- Implantação de 22 dispositivos de retornos (2º ao 5º ano);
- Alargamento de 10 pontes (3º ao 6º ano);
- Reforma de 01 Posto da PRF (1º ano);
- Implantação das PP1, PP2 e PP4 (1º ano);
- Implantação de 4 PPM (5º ano);
- Implantação de 3 SAU (1º ano);
- Implantação de 1 posto da Agência de Regulação (1º ano);
- Implantação da SEDE e CCO (2º ano);
- Implantação de 6.608 m do contorno de Cassilândia (4º e 5º ano).
Ø BR-436
- Construção de 12,5 km de terceira faixa (10º ano);
- Implantação de 2 dispositivos de retornos (3º e 4º ano);
- Alargamento de 10 pontes (3º ao 6º ano);
- Implantação da PP6 (1º ano);
- Implantação de 1 posto fiscal SEFAZ (1º ano).
A região abriga grandes indústrias do setor produtivo de Mato Grosso do Sul, como da celulose, agropecuária, silvicultura, frigorífica e açúcar, que estão instaladas neste corredor econômico. Além disso, é responsável pela ligação de diretamente os municípios, como Três Lagoas, Selvíria, Inocência, Aparecida do Taboado, Paranaíba e Cassilândia e por conectar MS com os estados de Minas Gerais, São Paulo e Goiás.
O Way Brasil já detém a concessão da MS-306 desde 2019, no trecho que abrange o acesso aos estados do Mato Grosso e Goiás. Para Giovanni Mott, diretor financeiro do consórcio, “o resultado é um importante ativo para o grupo porque dá início a nossa plataforma que tem 100 % de sinergia com nosso projeto já existente na MS-306”.
Ao longo dos oito anos da atual gestão estadual, foram cinco projetos oferecidos para a parceria com o setor privado. “Esse leilão de mais de 412 km de rodovias estadual e federais, que se conectam, é extremamente positivo porque é uma região de muito desenvolvimento industrial, da agropecuária e da produção de grãos”, frisou o governador Reinaldo Azambuja, que considera que esses investimentos darão mais competitividade, além de segurança para a população que usa as estradas. “É o leilão do ganha-ganha, ganhamos os investimentos nestas rodovias e ganhamos mais Capital para aplicarmos em estradas de outras regiões do Estado”, finalizou.
A fiscalização do contrato, desde a concepção até a implantação, será da AGEMS (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul). Para Carlos Alberto de Assis, diretor-presidente da Agência, mais uma contratação de um projeto de PPPs mostra a credibilidade do Estado no cenário econômico. “AGEMS vai fazer o seu papel e fiscalizar com o que foi acordado aqui seja cumprido. Esse é mais um dos avanços do Estado que acertou quando decidiu pelas PPPs para promover o desenvolvimento.”