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PM é acionada para liberar rodovias e avenidas interditadas por bolsonaristas em MS

Mato Grosso do Sul também vai passar a usar o aparato da Polícia Militar para conseguir reetabelecer a ordem nas ruas e desbloquear as estradas. Em nota à imprensa divulgada na tarde desta terça-feira (1º), a Secretaria do Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) disse que adotará as medidas necessárias para o cumprimento da decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF), obedecendo todos os protocolos operacionais exigidos, sobretudo o esgotamento da negociação para a saída voluntária dos manifestantes.

Sem citar maiores detalhes e nem mesmo indicar o número do efetivo que estará sendo empregado, a nota exploca que nesta primeira fase da operação, a Polícia Militar atuará para o cumprimento da decisão nas vias estaduais e, após, poderá apoiar a Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas rodovias federais. “A SEJUSP disponibilizará à PRF apoio se necessário também do Corpo de Bombeiros para auxiliar nas ações onde for preciso sua atuação”, diz o comunicado.

Até o momento, o total de bloqueios chega a 20 em todo o Estado, sendo 14 em rodovias estaduais e seis nas federais. Além disso, também há registro de manifestações dentro do perímetro urbano, como em Campo Grande, onde um grupo com 200 apoiadores de Bolsonaro interditaram quase toda a Avenida Duque de Caxias desde a tarde de ontem (31) com uma barricada de pneus. Em Nioaque, uma escola pública foi ocupada por manfestantes que alegam não ter hora para deixar o imóvel, impedindo a realização das aulas.

Jair Bolsonaro falou sobre os protesto

Ao falar pela primeira vez desde a derrota das urnas, o presidente em fim de mandato Jair Bolsonaro (PL) disse, em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, que os atuais movimentos populares “são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”.

Além disso, o líder político comentou que seus eleitores não podem usar médotos que são da esquerda. “As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, complementou.

No discursso, que durou pouco mais de três minutos, Bolsonaro não citou o adversário eleito Lula (PT) e também não mencionou o reconhecimento do resultado das urnas eletrônicas, equipamento este que ele sempre criticou e acusou para fraudes.

Apesar disso, logo após a fala de Jair Bolsonaro, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou que dará início à transição de governo. “O presidente Jair Bolsonaro me autorizou, quando for provocado, com base na lei, nós iniciaremos o processo de transição”, disse na coletiva.

“A presidente do PT, segundo ela em nome do presidente Lula, disse que na quinta-feira será formalizado o nome do vice-presidente Geraldo Alckmin. Aguardaremos que isso seja formalizado para cumprir a lei do nosso país”, complementou. Através deste ato se considera que o grupo político de Bolsonaro está reconhecendo a sua derrota.

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