Psicólogo que abusava de pacientes no sul de MS tem prisão preventiva decretada
O psicólogo de 63 anos que está sendo investigado por abusar sexualmente de pelo menos 13 pacientes dentro do seu consultório, nas cidades de Fátima do Sul e Dourados, vai continuar preso. Ele estava detido sob o regime temporário, cuja ciclo venceria exatamente nesta quinta-feira (13), no entanto, a Justiça aceitou o pedido da Polícia Civil e decretou a prisão preventiva dele, ou seja, por tempo indeterminado.
Ele está alojado na sede da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Fátima do Sul. O inquérito policial foi encerrado no último dia 07, sendo que o caso foi descoberto há 30 dias. Ele vai responder pelos crimes de estupro qualificado, violação sexual mediante fraude e injúria qualificada discriminatória por preconceito contra pacientes LGBQIA+, além de estupro de vulnerável.
Em entrevista coletiva, a delegada responsável pelo caso, Gabriela Vanoni, revelou que o psicólogo chegou a usar técnicas de hipnose para fazer as vítimas dormirem ou ficarem fora de si para cometer os atos sexuais. Durante as investigações, a polícia localizou 13 vítimas, sendo que uma dessas tem 15 anos e as demais são maiores de 18 anos.
O psicólogo mora e tem um consultório particular na cidade de Dourados, entretanto, também era contratado do Sistema Único de Saúde (SUS) de Fátima do Sul, onde o caso da menor foi descoberto e ajudou a revelar todos os demais. O profissional é formado há 11 anos e tem como especialização a hipnoterapia educativa, utilizada como auxílio para tratamento de transtornos emocionais, físicos e psicológicos. Ele também era pastor evangélico.
Na últma segunda-feira (03), o psicólogo foi levado para interrogatório, porém, ficou em silêncio fazendo uso do direito garantido pela Constituição de permanecer em silêncio e só se manifestar em juízo. O advogado de defesa acompanhou o procedimento, que serve como estratégia para não agravar a sua situação perante a investigação.
Ainda segundo a delegada, é possível que outras vítimas ainda não tenha procurado pela polícia. “O inquérito está concluído, mas nada impede que qualquer outra vítima procure a delegacia mais próxima e denuncie o crime por ela sofrido”, disse ela.