Em dois meses, Operação Maria da Penha prendeu 377 agressores em MS
Realizada com o objetivo proteger e combater todos os tipos de violência contra as mulheres, a 2º edição da Operação Maria da Penha resultou na prisão de 377 agressores durante os meses de agosto e setembro, de acordo com o balanço divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança (MJP) na últma quinta-feira (06).
Em todo Brasil foram mais 12 mil pessoas presas por cometer algum tipo de ato contra a mulher. Já em todo a região Centro-Oeste brasileira foram realizados 7.642 atendimentos e acompanhamentos para mulheres vítimas de violência. Além disso, foram realizadas ações educativas e de conscientização.
Se tratando apenas de MS, foram registrados durante a operação 1.197 boletins de ocorrência de violência doméstica e feminicídio, ficando atrás do Distrito Federal (1.966) e Goiás (1.865) na região Centro-Oeste. O estado vizinho do Mato Grosso registrou 539 boletins de ocorrência.
Já com relação às medidas protetivas de urgência, a operação concedeu, requeriu ou expediu 774 medidas protetivas de urgência no estado. Em Goiás foram 1.412, no Distrito Federal, 1.379, e no Mato Grosso, 463.
A medida significa o afastamento do agressor do lar ou local de convivência com a vítima, a fixação de limite mínimo de distância de que o agressor fica proibido de ultrapassar em relação à vítima e a suspensão da posse ou restrição do porte de armas, se for o caso.
A ação envolveu cerca de 220 mil profissionais de segurança pública federais das 27 unidades federativas, o ministério informou que os estados onde o Disque 190 mais recebeu denúncias de casos de feminicídio e agressões domésticas foram São Paulo e Rio de Janeiro – respectivamente, 9.416 e 5.197.
“Os números demonstram que conseguimos salvar vidas e tiramos mulheres deste ciclo de violência”, disse o coordenador da operação, Julian Rocha Pontes. Em 2021, durante a primeira edição da Operação Maria da Penha, foram efetuadas 14,1 mil prisões e requeridas e/ou expedidas 39,8 mil medidas protetivas.
Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública destacou que, além do aspecto repressivo, a operação tem o objetivo de conscientizar a sociedade e fomentar e induzir a aprovação de políticas públicas destinadas a proteger as mulheres, além de estimular que as boas práticas implementadas pelos estados na proteção e acolhimento de mulheres vítimas de violência sejam reproduzidas.
A Lei Maria da Penha (11.340/2006 configura violência doméstica e familiar contra a mulher e qualquer ação ou omissão baseada no gênero que resulte na morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial à vítima.
Como denunciar
O ministério também recomenda que, em caso de suspeita ou em que os direitos de qualquer mulher sejam violados, a vítima ou denunciante procure a delegacia de polícia especializada mais próxima. Ou ligue para os números de telefone 180, 190 ou 197. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas, todos os dias da semana.
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), que apoia a Operação Maria da Penha, também mantém a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, que oferece escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência, registrando e encaminhando denúncias, reclamações, sugestões ou elogios aos órgão competentes.