Atirador que matou mulher em bar de Corumbá diz que disparo foi acidental e provocado pela vítima
Já afastado do período considerado como flagrante, o homem de 27 anos que matou Cleo Michele Nunes Benites, de 29 anos, em um bar na noite de domingo (25) na cidade de Corumbá, se apresentou na delegacia de polícia na terça-feira (27) para prestar depoimento. Ele foi indiciado por homicídio qualificado, porém, foi liberado pela investigação para aguardar a conclusão do inquérito em liberdade. A informação foi divulgada somente hoje (28).
De acordo com o site local Diário Corumbaense, no depoimento, o autor do disparo alegou que pegou o revólver para se defender e negou que tenha apontado para alguém. Em sua versão, o investigado sustentou que a vítima tentou pegar a arma de sua mão no momento em que se encontrou com eles no bar. No ato, acidentalmente, houve o disparo que acabou matando a mulher.
A investigação ainda quer ouvir outras pessoas para concluir o inquérito, como o homem que teria dado fuga ao atirador logo após o crime. Além disso, a polícia tenta entender a motivação para o ocorrido, mesmo sabendo que hora antes todos os envolvidos participaram de uma briga generalizada em um campo de futebol.
O marido da vítima também já prestou depoimento e deve responder por incendiar a casa do atirador, horas depois do crime. Ele próprio assumiu a autoria do ato, alegando que agiu em um momento de descontrole e raiva. Por sorte, não havia ninguém no imóvel no momento do incêndio, que destruíu toda a residência.
O caso
Cleo foi morta por volta das 18 horas de domingo, em um bar do bairro Cervejaria, em Corumbá. A vítima foi atingida na região do tórax e chegou a ser socorrida por familiares, sendo levada ao pronto-socorro da Santa Casa, onde não resistiu ao ferimento e faleceu logo depois de dar a entrada.
Depoimento de uma irmã da vítima apontou que houve uma briga entre torcidas rivais durante a final de um campeonato de futebol amador, disputado no Campo do Roseiral, no bairro Dom Bosco, durante a manhã de domingo.
Mais tarde, o atirador foi até um bar onde a vítima estava ao lado do marido, que teria participado da briga. Os dois trocaram palavrões e ameaças até que o primeiro sacou o revólver e atirou contra o segundo, mas Cleo entrou na frente e recebeu o tiro.
Em seguida, o autor fugiu com a ajuda de outro indivíduo, de 26 anos, que estava em um veículo de cor vermelha aguardando do lado de fora do bar.
Logo após a confimação da morte dela, um grupo de pessoas foi até a casa do suspeito, no mesmo bairro onde o crime aconteceu, e ateou fogo no imóvel, que ficou completamente destruído.
A vítima deixou três filhos, de 13, 9 e 5 anos. O caso foi registrado como homicídio simples na 1ª Delegacia de Polícia Civil.