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Cachorra de Campo Grande morreu sete dias depois de comer petisco da marca Bassar

Foi registrado na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat) de Campo Grande um possível caso de morte de uma cachorra em decorrência do consumo do petisco “Dental Care”. A marca está sendo investigada por usar um produto tóxico na fabricação do produto que pode provocar insuficiência renal. A suspeita é que outros 40 animais domésticos em todo o País tenham falecido por conta deste petisco.

A tutora campo-grandense procurou a polícia após a sua cachorra de estimação morrer sete dias depois de comer o alimento, que tem como objetivo ajudar na limpeza dos dentes dos pets. O fato aconteceu no início de agosto, mas ela só decidiu procurar a polícia na terça-feira (06), diante da repercussão de outros casos semelhantes em todo o Brasil.

De acordo com o registro da ocorrência, a cachorra se chamava Chloe, era da raça spitz alemão e tinha cinco anos de idade. A mulher contou que antes da ingestão do petisco a cadela estava em excelente estado de saúde. No dia 29 de julho, ela deu o petisco “Dental Care” ao animal e, em questão de horas, a cadela ficou abatida e inerte.

No dia seguinte, vomitou várias vezes e, no dia 31 de julho, apresentou piora. A tutora levou a cachorra até uma clínica veterinária, onde foi avaliada e encaminhada para uma outra clínica, especializada em tratamento intensivo. Chloe permaneceu internada até o dia dia 5 de agosto, quando não resistiu e morreu por falência renal e parada cardiorrespiratória.

Entenda o caso

Três marcas de petiscos estão sendo investigadas pela Polícia Civil de Minas Gerais por suspeita de contaminação, são elas: Dental Care, Every Day e Petz Snack Cuidado Oral, endo que ambas são fabricadas pela empresa Bassar. Na sexta-feira (2), a investigação informou que, em um dos petiscos entregues à delegacia por tutores de animais que passaram mal ou morreram, foi identificada a presença de monoetilenoglicol.

A substância, que é tóxica e pode levar à insuficiência renal, já tinha sido detectada por meio de necropsia realizada pela Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em um dos cãezinhos mortos. Ainda na sexta-feira, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou o recolhimento nacional de todos os lotes de produtos da Bassar e a interdição da fábrica, em Guarulhos (SP).

Na segunda-feira (5), a pasta informou que determinou a fiscalização dos estabelecimentos distribuidores. “O Mapa orienta que formalizem as denúncias junto à Ouvidoria do Ministério munidos de informações sobre lote e data de fabricação dos produtos suspeitos. Já para fins de ressarcimento, consumidores devem entrar em contato com o fabricante ou com o estabelecimento”, afirmou, em nota.

A Bassar anunciou, na quarta-feira (7), que está realizando um recall de todos os produtos comercializados pela marca. A empresa pede aos consumidores que entreguem no local de venda os itens adquiridos anteriormente.

Veja a nota na íntegra:

“A Bassar Pet Food informa que decidiu interromper a produção de sua fábrica até que sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação de pets envolvendo lotes de seus produtos. A empresa também está contratando uma empresa especializada para fazer uma inspeção detalhada de todos os processos de produção e do maquinário em sua fábrica, em São Paulo.

De modo preventivo, a companhia já estava recolhendo os lotes de duas linhas de alimentos, mas procederá agora ao recolhimento de todos os produtos da empresa nacionalmente, conforme determinação do Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento.

A Bassar esclarece que ainda não teve acesso ao laudo produzido pela Polícia Civil de Minas Gerais, mas está colaborando totalmente com as autoridades desde o início dos relatos sobre os casos. A empresa enviou amostras de produtos para institutos de referência nacional para atestar a segurança e conformidade de seus produtos sob investigação.

Além disso, acionou todos os seus fornecedores para que façam o rastreamento dos insumos utilizados para afastarem a hipótese de algum tipo de contaminação.

A empresa está solidária com todos os tutores de pets – nossos consumidores e razão de nossa empresa existir. Somos os maiores interessados no esclarecimento do caso. Por isso, a empresa vem tomando todas as providências para investigação dos fatos. Os consumidores podem tirar dúvidas pelo e-mail sac@bassarpetfood.com.br.”

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