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Açougueiro que matou a esposa e morou com o corpo por quatro dias tem prisão preventiva decretada

açougueiro de 47 anos que matou a esposa, de 45, em crime descoberto na segunda-feira (1º), vai ser transferido para um presídio estadual nas próximas horas. Nesta quarta (03), ele passou pela audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. De acordo com a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), o assasssino vai responder pelos crimes de homicídio qualificado por feminicídio e ocultação de cadáver.

Conforme a investigação, no último dia 28 de jullho o açougueiro matou a esposa e dormiu por quatro dias com o corpo em uma vila de kitnets localizada no Bairro Silvia Regina, em Campo Grande. Vizinhos sentiram um mau cheiro muito forte vindo da residência do casal e então acionram a polícia, acreditando que alguém havia morrido no local, já desconfiando pois a moradora não era mais vista há alguns dias.

Na versão do assassino, houve uma briga com a esposa por conta do sumiço de dois anéis dela. No ato, a vítima tentou agredi-lo com uma faca, mas ele tomou objeto e acertou dois golpes contra o pescoço e nas costas. Ao perceber que a esposa tinha falecido, ele deixou a faca na pia e o corpo na cozinha e retomou a sua rotina, sempre saindo para trabalhar e voltando nos mesmos horários de sempre.

Os vizinhos acionaram o dono da kitnet, de 66 anos, que usou a chave reserva para abriu a casa. Ao entrar, ele se deparou com o corpo da mulher encostado no botijão de gás e acionou a polícia. Durante os trabalhos de investigação, o marido dela foi visto passando de bicicleta em frente a vila, sendo denunciado pelos conhecidos e depois preso pela PM.

Segundo a delegada Elaine Benicasa, titular da DEAM, o casal estava junto havia um ano, sendo que em fevereiro desse ano ela registrou um boletim de ocorrência por injúria e vias de fato, além de ter solicitado medida protetiva contra ele. Há cerca de um mês, no dia 1º de julho, o marido fez um boletim de ocorrência contra a mulher também por injúria, alegando que vinha sendo agredido pela companheira.

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