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Morte de mulher em condomínio de luxo pode ter sido assassinato encomendado

A polícia segue investigando a morte de uma mulher ocorrida no final da manhã desta quinta-feira (28) dentro de uma casa localizada em um condomínio de luxo no bairro Chácara Cachoeira, em Campo Grande. Até o fechamento deste texto, nenhuma pessoa havia sido presa ou mesmo levada para prestar esclarecimentos sobre o caso como suspeita de algo.

Entre as linhas trabalhadas está o crime de latrocínio (roubo seguido de morte), no entanto, também passou a ser cogitada a possibilidade de assassinato, já que testemunhas teriam apontado sobre uma ameaça contra a vítima de um pessoa classificada como ‘poderosa’ financeiramente. A mulher assassinada é pecuarista, completou 38 anos recentemente e está divorciada há pouco tempo.

A família dela é considerada muito tradicional em Mato Grosso do Sul, com propriedades rurais e bens que, inclusive, estão sendo disputados na Justiça através de ações de herança. Além disso, contra a vítima há uma denúncia de tentativa de homicídio registrada pelo seu ex-marido.

Esse conjunto de cenários faz o crime ganhar ‘ares de mistério’ e promete dar certo trabalho para a investigação, que já começou ouvindo as funcionárias da casa e nos próximos dias deve passar a escutar a família e os amigos da vítima.

De acordo com os registros, a mulher teria mandado matar o ex-marido em janeiro deste ano na cidade de Ponta Porã, onde este mora. Na ocasião, pistoleiros atiraram contra o homem, que acabou ferido, mas se salvou, indicando a ex-esposa como possível responsável pela contratação dos atiradores. Pelo menos um deles acabou preso, mas jamais confessou de quem teria sido a ordem para matar. A mulher chegou a ser ouvida pela investigação deste caso no mês passado, mas disse desconhecer os fatos.

O crime

A mulher foi encontrada morta por volta das 13 horas, após homens armados terem rendido duas funcionárias da casa em um supermercado na Rua Marquês de Lavradio. Em seguida, os bandidos entraram no veículo delas e as fizeram retornar para a casa da patroa, na Rua Nossa Senhora das Mercês, onde entraram no imóvel, que faz parte de um condomínio fechado.

Segundo as funcionárias, ao chegar na casa, elas foram amarradas em um dos quartos enquanto os ladrões passaram a falar com a patroa em outro quarto. Uma delas relatou que depois de algum tempo foi obrigada a deixar o condomínio e seguir em um veículo até o Bairro Tiradentes, onde foi deixada pelos ladrões.

Já a funcionária que ficou na casa afirmou que conseguiu se soltar, porém, ao sair do quarto acabou encontrando a patroa deitada na cama, já sem vida. Em seguida, encontrou um militar que mora no local e ele teria acionado a polícia. Para a perícia, a causa da morte pode ter sido asfixia, o corpo da vítima apresentava vários hematomas no rosto, mas não tinha sinais de perfurações ou cortes.

Durante a tarde, o Garras levou uma das funcionárias ao supermercado para a reconstituição, mas a mulher não saiu de dentro da viatura. Também foram procuradas imagens de câmeras de segurança da região para tentar identificar os suspeitos.

Até então, a polícia acredita que a patroa tenha reagido ao possível assalto, com isso, acabou morta pelos criminosos, que depois disso fugiram. O delegado responsável não passou detalhes sobre a dinâmica da ação e nem mesmo se algum objeto ou dinheiro foi levado. O caso segue em investigação.

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