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Conheça a história da data e confira a programação para o Dia de Corpus Christi

Será festejado na quinta-feira (16), em todo o mundo, o Dia de Corpus Christi. A festa é marcada pela confecção dos tapetes com materiais orgânicos e de reciclagem no meio da rua por onde passa a procissão no fim do dia e que celebra o mistério da Eucaristia e o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo.

De acordo com a Arquidiocese de Campo Grande, após dois anos de pandemia provocada pela Covid-19, o evento volta a sua programação de antes, com grande concentração de fieis. Além da confecção dos tapetes, também haverá a celebração da Santa Missa campal com participação de todas as 51 paróquias da cidade.

Programação

A celebração é uma referência à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição da Eucaristia, durante a Última Ceia de Jesus Cristo com os Apóstolos.

Ao todo, serão 1.300 metros de tapetes com desenhos/símbolos que remetem às devoções populares, à Jornada Mundial da Juventude, SAV (Serviço de Animação Vocacional) e OVS (Obra das Vocações Sacerdotais), entre outros movimentos da Igreja Católica.

O trabalho terá início às 07 horas na Praça do Rádio (Av. Afonso Pena), seguindo para a rua 14 de Julho e finalizando na Av. Fernando Correa da Costa. Onde será dada a benção com o Santíssimo Sacramento. Às 15 horas, será celebrada a Santa Missa campal na Praça do Rádio.

Mantendo a tradição na Arquidiocese, bispos, sacerdotes e diáconos visitarão hospitais, presídios e as Uneis (Unidades Socioeducativas), com o Santíssimo Sacramento.

A Comunidade Católica Colo de Deus fará sua apresentação musical encerrando a festa da Solenidade de Corpus Christi, na Av. Fernando Correa da Costa.

Origens da Solenidade de Corpus Christi

A origem da festa tem relação direta com as orações diárias de Santa Juliana. A história cita que ela começou a ter a estranha visão da lua cheia com um corte preto no seu centro. Por mais de dois anos teve essa visão sem entender o seu significado, então, fez um pedido ardoroso para Jesus Cristo, no Santíssimo Sacramento, de que fosse concedido a ela saber o que significava aquilo.

Em seguida, obteve a explicação durante um sonho: “A lua representava a igreja com suas festas e a faixa preta significava a falta de solenidade porque passava a igreja”. E Jesus concluiu dizendo: “Quero que seja criada uma festa especial em honra ao Sacramento do meu corpo e do meu sangue”.

Conhecendo Santa Juliana, o cardeal Cher resolveu instituir uma celebração de Corpus Cristi na igreja de São Martinho, em Liege. O cardeal criou o rito especial que é seguido até os dias de hoje. mas Santa Juliana não conseguiu ver a celebração, pois morreu no dia 10 de junho de 1258.

Santa Juliana ficou muito doente do estômago, não conseguia nem beber água e, durante algum tempo, agonizou, mas sempre em oração e nunca perdendo a confiança em Jesus Sacramentado.

No dia de sua morte pediu ao padre que colocasse uma hóstia consagrada sobre seu peito, pois ela não conseguia engolir nada e, milagrosamente, a hóstia desapareceu. Santa Juliana falou: “Meu doce Jesus” e depois morreu.

Quando as irmãs foram preparar o corpo de Santa Juliana para o enterro viram uma tatuagem da hóstia santa sobre o seu peito, na altura do coração, com a cruz de Jesus Cristo no centro dela.

Com alegria vendo este milagre, as irmãs mandaram colocar do lado esquerdo de seu escapulário a imagem da hóstia santa, que carregam até os dias de hoje.

O Papa Urbano IV, sabendo da morte de Santa Juliana e conhecendo suas visões, instituiu o dia de Corpus Christi, através da bula papal transiturus, marcando o dia para a quinta-feira após a oitava de pentecostes. O Papa Clemente XII canonizou Santa Juliana no ano de 1737. Sua festa é celebrada no dia 10 de junho.

São Thomas de Aquino, a pedido do papa, criou o famoso hino “Tantum Ergo (Tão Sublime Sacramento)” em honra ao santíssimo sacramento. Desde então, em todo o mundo, este hino é cantado nas procissões eucarísticas e nas bênçãos do Santíssimo Sacramento.

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