Após morte de Acevedo, prefeitura de Pedro Juan fica em luto e fronteira tem segurança reforçada
A prefeitura de Pedro Juan Caballero amanheceu fechada nesta segunda-feira (23), em luto pela morte de José Carlos Acevedo, ocorrida na noite de sábado (21). O prefeito foi vítima de atentado quando saía do trabalho, na tarde de terça-feira (17), foi hospitalizado e não resistiu. O sepultamento foi domingo (22).
Além da prefeitura estar fechada neste primeiro dia útil após a morte de Acevedo, a faixa de fronteira com o Brasil, entre as cidades de Pedro Juan e Ponta Porã, está com segurança reforçada. Policiais paraguaios armados com fuzis foram deslocados para a Linha Internacional.
Com a morte de Acevedo, quem assume a prefeitura da cidade paraguaia é a vereadora Carolina Yunes Acevedo, presidente da Câmara de Pedro Juan Caballero.
Carolina é esposa do governador do departamento (o equivalente no Brasil a estado) de Amambay, Ronald Acevedo, que era irmão do prefeito assassinado. Ela também é mãe de Haylee Carolina Acevedo Yunis, jovem que morreu aos 21 anos em uma chacina, também em Pedro Juan Caballero, e em entrevista a uma rádio paraguaia, disse sentir medo da violência.
Nos últimos anos a família Acevedo vem sendo alvo de vários atentados na região.
Pedro Juan Caballero é a capital do departamento de Amambay, no Paraguai. Na fronteira com o Brasil, apenas uma rua separa a cidade de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. Tem cerca de 100 mil habitantes e é conhecida pelo comércio de produtos importados e contrabandeados.
Também é apontada pelas polícias como uma das principais rotas de passagem do tráfico de drogas, armas e agrotóxicos para o Brasil e, por isso, local de atuação de várias facções criminosas.