Em 12 dias, ação de combate ao Aedes aegypti encontrou mais de 25 mil criadouros
Foi finalizada nesta sexta-feira (13) a primeira etapa da Operação Mosquito Zero – É Matar e Morrer. Ao todo, foram 39.170 imóveis inspecionados sendo encontrados 25.122 depósitos potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti removidos, sendo ainda encontrados 1.133 focos, todos eliminados.
Durante o período, de 02 a 13 de maio, os trabalhos foram concentrados nos bairros Guanandi, Jardim dos Estados, Tijuca, Panamá, Novos Estados, Nova Lima, Itamaracá e Rita Vieira.
A partir da próxima segunda-feira (16) terá início a segunda etapa da mobilização, que deve se estender até o dia 31 de maio. As ações estão programadas para serem realizadas na Vila Carlota, Cruzeiro, Jardim Leblon, Nova Campo Grande, Jardim Noroeste e Mata do Segredo.
Cerca de 350 servidores da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Secretaria Municipal de Saúde (CCEV/SESAU) estão mobilizados nas ações que ocorrem de maneira simultânea nas sete regiões urbanas do Município.
O coordenador da CCEV, Vagner Ricardo, explica que a estratégia é priorizar os bairros com maior índice de infestação para o Aedes aegypti ou incidência da dengue.
“Os agentes atuam nestas áreas consideradas mais críticas com trabalho de manejo, vistoria de imóveis, terrenos baldios e recolhimento de materiais inservíveis potenciais criadouros do mosquito, além da sensibilização da comunidade, considerando que 80% dos focos do Aedes aegypti ainda são encontrados dentro das residências”, explica.
Dados epidemiológicos
De 01 de janeiro a 10 de maio foram notificados 4.210 casos de dengue e três óbitos provocados pela doença em Campo Grande. Somente no mês de abril foram 1.697 casos, o que representa quase 50% de aumento em relação ao mês período do ano passado, onde foram houveram 828 notificações da doença. Os casos de Zika e Chikungunya se mantêm estáveis, com 6 e 42 registros, respectivamente, de 01 de janeiro a 10 de maio.
Oito bairros e parcelamentos de Campo Grande encontram-se com índices considerados muito alto, conforme mapa de notificações da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), referente a semana 14 a 17.
São eles: Jardim Noroeste, Maria Aparecida Pedrossian, Rita Vieira, Tiradentes, Cruzeiro, Nova Lima, Novos Estados e Panamá. Outros 22 apresentam índice alto, 35 moderado, oito baixo e apenas 1 ( São Bento), zero
Ações complementares
Além do trabalho de manejo e controle efetivo da doença com a visitação e o uso do Fumacê, a Capital está utilizando a ciência como aliada no enfrentamento do Aedes aegypti. Campo Grande uma das cinco cidades do País escolhidas para receber o projeto Wolbachia.
No mês passado mais nove bairros foram contemplados na chamada Fase 4 de implementação do método Wolbachia na Capital. O método é complementar no combate a dengue, Zika e chikungunya.
Desde o dia 15 de março, as liberações dos mosquitos estão acontecendo nos bairros Coronel Antonino, José Abrão, Mata do Jacinto, Mata do Segredo, Monte Castelo, Nasser, Novos Estados, Nova Lima e Seminário.
Ao mesmo tempo em que ocorrem as liberações da Fase 4, teve início o engajamento da Fase 5, que vai chegar em 21 bairros: Amambaí, Autonomista, Bandeirantes, Bela Vista, Cabreúva, Caiçara, Carvalho, Centro, Cruzeiro, Glória, Itanhangá, Jardim dos Estados, Margarida, Monte Líbano, Planalto, Santa Fé, São Bento, São Francisco, Sobrinho, Taveirópolis e União.