Hospital de Camapuã volta a funcionar após 6 dias de portas fechadas
Uma reunião na tarde de segunda-feira (22) na Secretaria de Estado de Saúde (SES), em Campo Grande, trouxe alívio para moradores de Camapuã, a 140 km da capital. O único hospital da cidade voltou a funcionar normalmente após seis dias de portas fechadas para atendimentos de baixa complexidade.
De acordo com o diretor do hospital, Joelvis Cunha, o secretário de saúde Geraldo Resende, solicitou uma reunião com representantes da prefeitura, Ministério Público, direção do hospital e alguns vereadores. Ficou acordado que o convênio permanece por mais 3 meses, sendo o repasse para julho de R$ 200 mil, e os próximo dois, um valor de R$ 125 mil para cada mês.
O G1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde do município mas até a publicação desta reportagem as ligações na foram atendidas. Em contato com a recepção do hospital, funcionários informaram que os atendimentos seguem normalmente.
O colapso na saúde de Camapuã começou na última terça-feira (16) quando a instituição colocou um aviso informando que iria fechar as portas para atendimento de baixa complexidade por conta do término do convênio com a prefeitura , além de um agravante: uma dívida que ultrapassa R$ 1 milhão de reais.
Dois dias depois, o hospital informou que sem o repasse mensal de R$ 200 mil da prefeitura encerrado este mês, corria risco de funcionar só por mais 24 horas com os únicos serviços que ainda estavam disponíveis, o de urgência e emergência.
À época, o secretário de saúde, André Targino, informou que a Secretaria não tinha dinheiro suficiente para fazer o repasse de 200 mil e que o órgão teria condições de repassar apenas R$ 110 mil, valor que foi recusado pelo hospital. Ele também informou que “não está jogando a responsabilidade para a instituição, mas por o hospital ser uma entidade filantrópica, precisaria fazer ações próprias como almoços e leilões para arrecadar dinheiro”. Questionado sobre os problemas do fechamento do hospital, Targino informou que na cidade há 6 postos de saúde que oferecem atendimento médico e ambulatorial que prestam o serviço de urgência.
Relembre o caso
Um aviso dizendo que o atendimento será somente para emergência e urgência colocado na porta do hospital pegou de surpresa os moradores de Camapuã. Funcionários não receberam o salário do mês e fornecedores de remédios e produtos que atendem a unidade cortaram o fornecimento por falta de pagamento.
O deficit da instituição, segundo Cunha, chegou aos R$ 60 mil e que o montante oferecido pela prefeitura seria insuficiente para manter o hospital funcionando com 100% da capacidade. O único repasse que a instituição ainda recebia era do Sistema Único de Saúde (SUS), que dava para manter os setores de urgência e emergência.
*Por G1 MS