Jogos Urbanos Indígenas reuniu mais de 1 mil atletas no Parque do Sóter
A Fundação Municipal de Esporte (FUNESP), em parceria com a Subsecretaria Municipal de Direitos Humanos (SDHU), reuniu no Parque do Sóter 1.100 atletas para a disputa do 15º Jogos Indígenas Urbanos, com 18 comunidades participantes da capital.
O evento iniciou logo pela manhã e contou com várias autoridades, representantes das secretarias administrativas municipais e de lideranças indígenas. Os jogos buscam desenvolver o intercâmbio esportivo entre as comunidades indígenas do município.
A intenção também da Fundação é valorizar o caráter educativo e comunitário, promovendo o esporte como resultado das atividades desenvolvidas nas aldeias.
A Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, ressaltou a importância da parceria entre as secretarias e a relevância do esporte para a comunidade. “Tivemos grande apoio entre as secretarias e queremos ver todas as comunidades unidas. É uma disputa que faz bem. Vamos estimular o esporte para nossos jovens que são o futuro de Campo Grande. Nós precisávamos resgatar os jogos, fazer acontecer.”
Odair Serrano, diretor-presidente da Fundação de Esporte, destacou os benefícios que o esporte proporciona. “Estamos fazendo política pública para oferecer qualidade de vida à população através do esporte, melhorando a qualidade de vida das comunidades, fortalecendo os vínculos entre eles através da socialização.”
Para o subsecretário da SDHU, Amadeu Borges, esporte é uma forma de inclusão. “A comunidade indígena precisa ser olhada. Queremos não só divulgar a cultura, mas proporcionar, por meio do esporte, que eles se sintam valorizados e incluídos em nossa sociedade”.
“Está sendo um evento grandioso com todas as comunidades participando. Temos uma expectativa muito grande de sair campeões. Estamos todos presentes nessa união. Agradeço a organização”, destaca, Josias Ramires, cacique da Aldeia Marçal de Souza.
Para, Abel de Almeida, cacique da Aldeia Darci Ribeiro, o esporte é uma forma de aproximar a comunidade indígena, estreitando os laços entre eles . “Esse evento faz com que as comunidades se aproximem e que todos nossos patrícios tenham essa interação. No dia-a-dia não temos esse contato porque a maioria mora distante e os jogos vem para aproximar e fazer com que possamos resgatar a cultura nas aldeias”.
Foram disputadas as modalidades de arco e flecha masculino, lança masculino, atletismo, corrida (masculino e feminino), cabo de guerra (masculino e feminino), futebol de campo masculino, futsal feminino e voleibol 4×4 (masculino e feminino).
As dezoito comunidades foram: Água Bonita, Água Funda, Arnaldo Estevão de Figueiredo, Caiobá, Ceramista e Comunidade Parawá, Darcy Ribeiro, Estrela do Amanhã, Inamaty Kuxonety Nova Esperança, Indubrasil, Jardim Inápolis, Kadwel Monte Castelo, Marçal de Souza, Novas Canaã, Novo Dia Santa Mônica, Planalto, Tarsila do Amaral e Vivendas do Parque.
Nas três primeiras edições dos jogos indígenas o público foi de aproximadamente 500 atletas. A competição iniciou somente com jogos de futebol. Hoje os jogos contam com várias modalidades.
A organização é feita pela Gerência de Organização de Eventos – GOE, da Fundação de Esporte em parceria com a Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos – SDHAU.